O Município de Braga analisa e vota, segunda-feira, em reunião do Executivo, uma proposta de abertura de concurso público para a obra de Requalificação da Variante do Fojo – Fase II”, um investimento de 2,4 milhões de euros, dos quais dois milhões são financiados pelo programa europeu FEDER- Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
A intervenção inclui a demolição integral da faixa de rodagem, separador central e áreas pedonais, a repavimentação integral de faixa de rodagem, a requalificação das áreas e percursos pedonais e a criação de faixas cicláveis.
Engloba, ainda, a Reformulação geométrica do traçado e da rede de iluminação pública e a readaptação da rede de drenagem ao novo traçado.
O objetivo – diz o documento – é o de “implementar ações de aumento da segurança pedonal, ciclável e automóvel, através da diminuição das velocidades praticadas e da revisão das infraestruturas disponíveis, adaptando-as às necessidades e segurança dos seus habitantes, enquadrando-se na tipologia “Mobilidade Ativa (pedonal e ciclável)”.
E acrescenta: “A intervenção vem contrariar o agravamento da intensidade energética e carbónica nas áreas urbanas e o registo da elevada dependência do transporte individual, dos reduzidos níveis de mobilidade ativa e de dar resposta à necessidade de melhoria dos serviços de transporte coletivo”.
Variante do Fojo importante eixo de entrada e saída
A proposta sublinha que, a Variante do Fojo constitui um importante eixo de entrada/saída de tráfego automóvel de veículos ligeiros e pesados no perímetro urbano por estabelecer a sua ligação tanto a aglomerados habitacionais localizados em freguesias próximas, quanto aos concelhos limítrofes situados a norte (Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, etc.), a zonas industriais e de extração de inertes ou à Braval – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A”. Constituindo-se, portanto, – acentua – “como uma via de circulação contínua e intensa, justificando o seu atual estado de deterioração e a necessidade premente de intervenção.
Situa-se na freguesia de Gualtar, no concelho, numa extensão (longitudinal) de cerca de 2. 400 metros compreendida entre a passagem desnivelada reservada ao trânsito automóvel adjacente ao hotel Meliá e a rotunda de S. Pedro (sentido sudoeste > nordeste) e vice-versa.
Integra duas faixas reservadas à circulação automóvel (8,00m de largura) e uma faixa de circulação pedonal (min. 1, 50m) em cada sentido, e um separador central arborizado (espécies arbustivas de pequenas dimensões) onde se encontra implantada a iluminação pública.
Desacelaração da velocidade
Uma grande extensão deste troço é marcada a noroeste pela presença de um curso de água – Rio Este – e vegetação existente e a Sudeste pela proximidade à encosta do Bom Jesus do Monte. A proposta serve o objetivo, estabelecido pela Câmara, de “alteração do perfil existente da via com vista a uma consequente desaceleração da velocidade automóvel praticada atualmente no local”.
Vai priorizar e introduzir (quando não existam) vias dedicadas à circulação dos modos suaves de deslocação, nomeadamente a circulação pedonal e ciclável, nesta ordem precisa, criando condições de segurança propícias à sua coexistência com o tráfego motorizado”.
A presente proposta “integra uma estratégia mais alargada, a implementar dentro dos limites territoriais do Município, de aumento da segurança pedonal, ciclável e automóvel, através da diminuição das velocidades praticadas e da revisão das infraestruturas disponíveis, adaptando-as às necessidades e segurança dos seus habitantes”.
E, diz, ainda: “Além da desaceleração das velocidades na Variante, pretende-se aproveitar a sua requalificação para oferecer aos seus utilizadores, quer se desloquem a pé, de bicicleta ou em veículo motorizado, melhores condições de circulação e de segurança,”.
Por último, “e dada a posição geográfica da Variante do Fojo na sua ligação entre o perímetro urbano e os concelhos limítrofes, e de se tratar de uma zona de grande concentração habitacional no presente (com previsão para o seu grande aumento a curto prazo) e da sua oferta de serviços, propõe-se a melhoria das condições das paragens de transportes públicos, assim como um novo ponto de paragem a somar aos já existentes, já que tal será essencial a que mais utilizadores adiram à utilização diária dos transportes públicos naquela localização”.