Braga: Homicida de “Manu” já foi detido

Suspeito de 27 anos apanhado pela PJ
Foto: DR

A Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta quinta-feira, o alegado homicida de “Manu”, jovem estudante de 19 anos assassinado à facada à porta do Bar Académico, em Braga, na madrugada de sábado, numa rixa envolvendo duas dezenas de jovens brasileiros e portugueses.

Mateus Marley Machado, de 27 anos, cidadão brasileiro, foi detido numa operação desencadeada na madrugada desta quinta-feira pela PJ de Braga, no Centro do país, com a colaboração de outras forças e serviços de segurança. Ao que O MINHO apurou, foi encontrado numa zona erma do distrito de Castelo Branco.

Suspeito chegou à PJ de Braga por volta das 16:00. Foto: Joaquim Gomes / O MINHO

O agora detido é suspeito de ter assassinado, com várias facadas, Manuel de Oliveira Gonçalves, conhecido como “Manu”, aluno do 12.º ano da Escola Secundária Dona Maria II, em Braga, concelho onde também residia, na sequência de uma rixa entre dois grupos, ambos constituídos por jovens com nacionalidades brasileira e portuguesa.

“Manu” tinha 19 anos. Foto: DR

Como O MINHO noticiou, o jovem de 19 anos tinha alertado, antes da confusão que terminou com a sua morte, para a colocação de uma substância alucinogénia, ato popularmente conhecido por entre os jovens como ‘minanço’, na bebida de uma rapariga.

“Manu” será sepultado na tarde desta quinta-feira, depois de velório, na Igreja Nova de Gualtar, no concelho de Braga, estando prevista a missa de corpo presente, seguida de cortejo fúnebre, até ao cemitério local, onde será sepultado.

Suspeito já preparava fuga para o estrangeiro

Entretanto, em comunicado enviado às redações, a PJ confirmou a detenção, adiantando que Marley está indiciado pela prática de um crime de homicídio qualificado, com utilização de arma branca.

“Por motivos ainda não totalmente esclarecidos, elementos de dois grupos distintos foram expulsos do estabelecimento comercial após uma discussão verbal. Depois, já no exterior do bar, voltaram a envolver-se em confrontos, desta vez com agressões físicas, tendo o suspeito, utilizando uma faca, golpeado a vítima, um jovem de 19 anos, na zona torácica e membro superior direito, lesão que veio revelar-se fatal, apesar do socorro de emergência”, pode ler-se no comunicado.

Desde então, a PJ de Braga realizou “diligências ininterruptas” que permitiram “identificar, localizar e deter o agressor, que já se encontrava em fuga, refugiado numa zona isolada do interior do país e a preparar-se para fugir para o estrangeiro”.

O detido vai ser presente, no próximo sábado de manhã, ao Tribunal de Turno, no Palácio da Justiça de Vila Nova de Famalicão, para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.

Bar atacado e encerrado

Após o homicídio, o Bar Académico foi alvo de um incêndio por fogo posto na tarde de domingo e um ataque com ‘cocktails molotov’ na madrugada de quarta-feira.

Na terça-feira à noite, a Universidade do Minho anunciou que o Bar Académico irá encerrar por tempo indeterminado.

A UMinho acrescenta que o encerramento foi hoje decidido, depois de uma reunião entre o reitor da universidade, o presidente da Associação Académica e a PSP e de uma visita ao local.

“O encerramento do Bar Académico não é definitivo, mas manter-se-á até que seja repensado um modelo de funcionamento que esteja alinhado com os princípios e valores da Associação Académica e da própria universidade”, refere o comunicado.

Uma das condições para a eventual reabertura é que o acesso seja limitado a membros da comunidade académica, garantindo que os espaços da academia sejam frequentados por aqueles que dela fazem parte.

“Além disso, é fundamental que todas as condições de segurança sejam respeitadas, conforme as orientações da PSP, Proteção Civil, Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica e outras entidades competentes”, acrescenta.

Sublinha que o encerramento temporário visa garantir a segurança e o bem-estar de toda a comunidade académica, assim como da comunidade local.

O edifício do bar é propriedade da Universidade do Minho e foi cedido à Associação Académica.

No entanto, a associação concessionou a exploração a um empresário.

Notícia atualizada às 12h46 com comunicado da PJ.

Com Lusa

 
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