Braga, Guimarães e Famalicão entre os concelhos do país com mais projetos imobiliários

Ranking
Foto: DR / Arquivo

Os concelhos de Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão estão no ‘top 10’ do ranking de localidades com mais projetos imobiliários, foi hoje anunciado.

Segundo o Sistema de Informação Residencial do Confidencial Imobiliário, que considera o aglomerado dos últimos três anos, no final do ano de 2022, Braga contabilizava 3.275 projetos em ‘pipeline’, isto é, em vias de execução.

A capital de distrito ocupa o 5.º lugar a nível nacional, de acordo com a mais recente edição do Real Estate Market Insights, produzido pela imobiliária vimaranense Dipe.

Imediatamente a seguir, em 6.º, surge Guimarães, com 2.805. A fechar o ‘top 10’ encontra-se Vila Nova de Famalicão, com 2.352 projetos.

Em comparação com 2021, Guimarães registou um aumento de 10%, enquanto Famalicão viu o número aumentar em 14,3%. Por outro lado, o concelho bracarense acabou mesmo por ver o número de projetos em ‘pipeline’ cair 10,5%.

O estudo destaca ainda Barcelos que, com 1.437 projetos em vias de execução, surge no 21.º lugar no ranking nacional.

Para Diogo Baptista Antunes, CEO da imobiliária Dipe, o mercado imobiliário será influenciado ao longo do ano por quatro fatores que originarão um equilíbrio de forças. “Apesar do aumento acentuado das taxas de juro como resposta aos números da inflação fazer com que a procura nos segmentos médio e médio/baixo seja transferida para o mercado de arrendamento, a escassez de oferta de imóveis prontos a habitar, os custos elevados associados à construção, os prazos de licenciamento e os valores a pagar de impostos farão com que os valores praticados no mercado não sofram grandes alterações”, refere.

Diogo Baptista Antunes salienta a atratividade de Portugal, sobretudo para investidores estrangeiros, nomeadamente devido à “posição geográfica” e à “elevada segurança”, mas alerta para a necessidade de “os decisores políticos terem consciência dos verdadeiros fatores que neste momento impactam o mercado, tomando medidas assertivas e que não gerem pânico e incerteza, sobretudo entre investidores privados, responsáveis pela oferta criada nas últimas décadas”.

O CEO da imobiliária de Guimarães prevê que o ano de 2023 será de “confirmação da transformação do paradigma da sustentabilidade dos edifícios, do método construtivo e materiais utilizados, da forma de pensar e habitar os espaços, como resposta às novas necessidades e exigências do mercado”.

Diogo Baptista Antunes acrescenta ainda que face ao contexto económico-financeiro e às medidas anunciadas pelo governo, “urge uma revolução no mercado de arrendamento, que passa pelo imperativo de criar uma oferta estrutural no mais curto período de tempo”.

A segunda edição do Real Estate Market Insights foi lançada durante o mês de março e analisa ao pormenor o comportamento do mercado de compra/venda e arrendamento no distrito de Braga, com especial destaque para o concelho de Guimarães.

 
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