Vai ser deliberada esta segunda-feira a abertura do concurso público para a empreitada que pretende “adequar” as ruínas romanas das Carvalheiras, em Braga, à visitação do público, num projeto orçado em 3,3 milhões de euros e que contempla também a criação de um parque verde nas imediações. A obra tem prazo de execução de ano e meio (18 meses).
Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, partilhou esta quinta-feira imagens de como irá ficar o Centro de Interpretação daquela Ínsula com perto de dois mil anos, bem como o parque urbano previsto para apoiar o espaço que, pretende a autarquia, seja uma viagem no tempo.
O autarca revela que para chegar a este projeto foram necessários “mais de 20 anos de investigação e de diversas revisões para acomodar o impacto na sua envolvente”, a cargo da autarquia e da Universidade do Minho.
Rio destaca, para além da componente arqueológica, a criação do parque urbano anexo às ruínas, que “facultará um usufruto qualificado do espaço pelos cidadãos e o desenvolvimento de atividades culturais e de lazer”.
Para o presidente da Câmara, o projeto “afirma-se como um instrumento de regeneração urbana, uma aposta clara na valorização patrimonial, um testemunho de uma parceria sempre renovada com a Universidade do Minho e, sobretudo, um resultado final que vai agradar aos nossos cidadãos e vai atrair muitos visitantes no futuro, assegurando um parque verde na malha central da cidade, fruível por todos os cidadãos”.
“A Ínsula das Carvalheiras vai proporcionar uma viagem no tempo, com a entrada num Centro Interpretativo que terá uma dimensão moderna e tecnológica e com um percurso até ao interior deste espaço que constitui um importantíssimo legado romano”, acredita Ricardo Rio.
O projeto é da autoria de Alejandro Beltran-Caballero e Ricardo Mar, “dois arquitetos com reputada experiência na relação com a arqueologia e na musealização de vestígios romanos”, conclui o presidente da Câmara de Braga.