Braga: Foi esmurrado pelo cunhado, caiu ao chão e foi atropelado por autocarro. Morreu 4 meses depois

Agressor vai ser agora julgado
Foto: Luís Moreira / O MINHO / Arquivo

Teve uma discussão com um cunhado em Braga. Deu-lhe um murro, e ele, já com 82 anos, caiu para a rua, precisamente no momento em que um autocarro dos TUB (Transportes Urbanos de Braga) arrancava.

Como O MINHO noticiou na altura, o veículo passou-lhe por cima de uma perna e esfacelou-lhe um pé. O que foi causa da sua morte ocorrida quatro meses depois.

Joaquim R., de 74 anos, de Braga vai ser julgado no Tribunal Judicial da comarca pela prática de um crime de ofensa à integridade física qualificada agravada pelo resultado de morte e de um outro de, omissão de auxílio.

O arguido e o cunhado, Viriato, apanharam, juntos, em janeiro de 2022, o autocarro que faz a linha entre o Hotel de Lamaçães e o hipermercado Eleclerc. No interior, pegaram-se de razões e discutiram pelo caminho. Às 18:50 saíram na paragem junto à Ponte dos Falcões, em Maximinos, e continuaram a discutir junto ao passeio. Momentos depois, Joaquim esmurrou o cunhado e este caiu ao chão. Só que o autocarro já tinha arrancado e o motorista não teve hipótese de evitar que passasse com a roda traseira direita em cima da perna, junto ao pé e ao tornozelo, tenda esta ficado esmagada debaixo do rodado.

Não auxiliou o cunhado

A acusação diz que o agressor ainda se abeirou da vítima, mas nada fez, abandonando o local sem nada fazer para chamar uma ambulância, o que teve de ser feito por passageiros do autocarro.

Anota, ainda, que o arguido tem 1,75 metros de altura e forte compleição física, enquanto que a vítima de idade avançada, tinha 1,62 metros e era magro e frágil.

O INEM acabou por o transportar ao Hospital de Braga onde foi, de imediato, alvo de uma cirurgia, tendo ali focado internado. Mais tarde foi transferido para a Unidade de Cuidados Continuados do Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde onde continuou os tratamentos ao esfacelamento que sofreu no pé e no tornozelo.

Em 14 de maio de 2022, e como o seu estado de saúde se agravou, veio a falecer, o que o Ministério Público entende ter sido devido à atuação do arguido.

No processo, a Unidade Local de Saúde de Braga pede-lhe que pague o custo do internamento, 8.650 euros, e a família da vítima, filho e viúva, demandam 195 mil euros de indemnização por danos patrimoniais e morais.

 
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