José Sousa chegou à marca das mil corridas com a participação na São Silvestre de Famalicão, disputada em 23 de dezembro de 2021, a pouco mais de três meses de assinalar 22 anos de atletismo.
A O MINHO, o atleta radicado em Braga afirma que tão cedo não quer deixar de praticar este desporto, lamentando o impasse nas provas provocado pela pandemia.
José Sousa disse a O MINHO que, nas mil provas realizadas, contabiliza 169 meias maratonas divididas por 78 locais, dos quais 16 no estrangeiro. Esteve ainda em outras 51 localidades onde percorreu por 86 vezes a maratona, 31 delas fora de Portugal. A estreia nesta prova foi em 2004. No ativo, o atleta tem ainda 81 ultramaratonas em 54 locais, nove no estrangeiro, e dez acima dos 100 quilómetros.
José Sousa, que concilia a prática desportiva com a organização de provas de atletismo e outras modalidades, através da ADN Eventos Desportivos, revelou “ter grande apetência pelas provas de longas distâncias” e mesmo em ano afetado pela pandemia, participou em 18 provas: “Foi significativo terem sido sete ultramaratonas, três maratonas e duas meias maratonas”.
Atividade intensiva no atletismo
José Carlos Jorge Pinto Sousa, que fará 50 anos de idade a 12 de fevereiro, nasceu em Sebadelhe, Vila Nova de Foz Coa, viveu na Linha de Sintra, entre 1974 e 2013, ocasião em que por motivos profissionais se mudou para a cidade de Braga.
Sobre a sua paixão pela modalidade, José Sousa explicou que “esta epopeia teve início a 26 de março de 2000, a convite de um amigo, Cláudio Gaspar. Antes, esteve parado desde o ano de 1988, quando ainda fazia provas na escola. Ou seja, doze anos de interregno.
“Depois de participações esporádicas em algumas provas, um grupo de amigos formou um grupo, denominado Os Amigos de Queluz, mas algum tempo depois passamos a fazer parte de outra coletividade, o Clube de Futebol Os Avisenses, de Aviz, filial do Belenenses, como federado, um clube que foi um grande orgulho ter representado durante cinco anos, num total de 284 provas”, salientou o atleta a O MINHO.
A partir de então passou a representar, mas não como federado, a Associação de Atletismo Lebres do Sado, num total de 539 provas, enquanto desde 2012 integrou a equipa federada da Casa do Benfica de Algueirão Mem Martins, de Sintra, “um clube que ainda represento também até ao momento, mas como federado, num total de 25 provas de longa distância”.
Guia de atleta invisual
Com um percurso intensivo que se tem dividido entre corridas de estrada/montanha/piso misto/praia/cross/pista/escadas/orientação/duatlo e triatlo, o atleta José Sousa, enquanto aguarda o regresso à normalidade da pandemia para o reinício das provas de atletismo, é otimista quanto ao futuro.
Irá continuar a servir de guia nas provas de um amigo, Hilário Ramos, que é invisual, outro apaixonado pela corrida e pelos desafios: “Vai no quarto ano que o faço, já o guiei em cerca de dez provas, desde as mais pequenas como nos Escadórios do Bom Jesus (prova realizada pela própria empresa), até à meia maratona”, concluiu José Sousa, a caminho de mais um treino.