Braga: DST compromete-se a contratar jovens e dar-lhes “emprego de qualidade”

José Teixeira, presidente do Grupo DST. Foto: DR

O Grupo DST, de Braga, compromete-se a contratar e a reter jovens trabalhadores e a garantir-lhes emprego de qualidade.

“Temos a geração mais preparada de sempre e pela primeira vez uma geração que vive pior do que a geração dos seus pais. Baixos salários, custo de vida elevado, pouca esperança, uma globalização sem regulação. Num soneto de Sá de Miranda pergunta-se: O que fazer quando tudo arde? Temos de, em conjunto, pensar para encontrar o caminho em que aumentamos valor ao que fazemos para dar uma vida digna aos jovens e para restaurar um ambiente em que os jovens possam dizer, como no verso da Filipa Leal: Havemos de ir ao futuro”, afirma o presidente do Grupo DST, José Teixeira.

O responsável esteve presente na segunda reunião de acompanhamento do “Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens”, que conta com alto patrocínio do Presidente da República e tem como objetivo operar uma mudança real no atual contexto de vulnerabilidade associado ao emprego dos jovens.

A iniciativa é promovida pela Fundação José Neves e pelo Governo, através da Secretaria de Estado do Trabalho.

Para além do debate sobre as boas práticas e desafios enfrentados pelos jovens e pelas empresas, a reunião faz ainda um ponto de situação do ponto de partida e das projeções do impacto estimado para 2026.

O encontro, que se sucede ao lançamento do Pacto a 19 de janeiro de 2023, formalizou ainda a adesão de 51 novas empresas, que se juntam assim às primeiras 50 empresas aderentes, da qual a DST faz parte.

O evento decorreu hoje no Picadeiro Real de Belém e contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, do secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, de José Neves, das entidades associadas, das empresas signatárias e dos seus jovens representantes, e das entidades associadas.

São 101 as empresas portuguesas signatárias do Pacto, com um volume de negócios de 78.000 milhões de euros e que dão emprego a cerca de 260.000 pessoas.

Com esta parceria, o grupo de Braga compromete-se, até 2026 e através de um conjunto de metas fixadas, a reforçar a aposta em diversos indicadores, nomeadamente a contratar e a reter jovens trabalhadores, a garantir emprego de qualidade para os jovens, a formar, desenvolver e a dar voz aos jovens.

Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves, realça que o Pacto “é um acordo muito importante para o país, que une as empresas e entidades públicas para responder a uma realidade com que o país se debate há demasiados anos: a vulnerabilidade do emprego dos jovens, mesmo dos mais qualificados. A nossa expetativa é que deste compromisso resulte a criação de soluções para uma mudança estrutural que contrarie o atual estado das coisas, e que promova uma resposta às necessidades e aos anseios dos jovens portugueses que querem encontrar no nosso país as condições que ambicionam para uma progressão profissional e dignidade pessoal”.

São ainda entidades associadas ao Pacto a Associação Business Roundtable Portugal, o Conselho Nacional de Juventude (CNJ), o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), e o Observatório do Emprego Jovem (OEJ), que é responsável pela monitorização do Pacto.

O “Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens” considera jovens até aos 29 anos, inclusive.

As metas de progresso até 2026, que constam no documento, são diferenciadas de acordo com a margem de progresso potencial de cada empresa.

O documento com o “Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens” pode ser consultado na íntegra aqui.

O “Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens” surge na sequência do lançamento do Livro Branco, em dezembro de 2022, uma iniciativa da Fundação José Neves, do Observatório do Emprego Jovem e da Organização Internacional do Trabalho para Portugal, com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República.

O documento faz um diagnóstico sobre o emprego dos jovens em Portugal e a sua vulnerabilidade, e aponta várias áreas de intervenção prioritárias para a criação de mais e melhores empregos para os jovens.

 
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