O movimento cívico Braga para Todos vai organizar, no próximo dia 19 de novembro entre as 16:00 e 19:00 horas, debate sobre a violência doméstica. O evento terá lugar pavilhão Multiusos da Junta de S.Vicente.
O debate pretende ser um alerta para este flagelo, a nível nacional e local e também para organizar o manifestação silenciosa que acontecerá dia 25 de novembro entre as 17:00 e as 19:00 horas na Av. Central junto ao chafariz e pretende recordar as vítimas de violência doméstica em 2016 em território nacional.
“Para o Braga para Todos, esta iniciativa pretende dar início a trabalhos referentes a esta e a outras problemáticas sobre assédio sexual, desigualdade de géneros e os vários tipos de violência doméstica: contra as crianças e contra os idosos, nas relações de intimidade e as avaliações dos riscos são alguns dos temas que vão ser discutidos. O objetivo é tirar conclusões como a nível local pode-se trabalhar a prevenção e sensibilizar, iniciativas que são esquecidas pelo executivo atual e são cruciais: Há casos, muitos, onde a vítima tem vergonha de apresentar queixa, de ir à polícia e está na maioria das vezes está destruída do ponto de vista emocional, marcas que perduram além das físicas, e podem limitar a vida dessa pessoa levando a diversos comportamentos e até ao desenvolvimento de doenças comuns, como a depressão”, diz o comunicado do movimento cívico.
Em Portugal, segundo os últimos dados avançados pelo Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), houve 27 mil participações às autoridades em 2016 e entre 16 a 18 vítimas mortais referenciadas por violência doméstica
“Mas todos sabemos que estes números são menores que a realidade, e em Braga apenas uma conversa com uma pessoa e chegamos facilmente a alguém que conhece um caso, seja porque lhe aconteceu, na família, trabalho e vizinhos e muitos deles nunca foram formalizados em queixa, porque há um desacreditar constante nos tribunais neste tema, as penas são demasiado leves e a historia já nos devia ter ensinado que não é uma pulseira eletrónica que impede o agressor de consumar o crime, e não podemos agir ou colocar o tema na agenda política apenas quando há banhos de sangue ou alguma sentença alvo de controvérsia, que chega aos media”, continua o comunicado.
O debate tem entrada livre e pretende em formato de conclusão debater iniciativas de cariz político, para implementar em Braga.