Braga constrói barreira no rio Cávado para evitar inundações

Obstar a cheias em Padim da Graça e Parque Industrial

O Município de Braga aprovou, sexta-feira, em reunião, o projeto de execução de uma barreira de proteção e renaturalização da margem esquerda do rio Cávado, junto ao Parque Industrial de Padim da Graça, em cerca de 470 metros de extensão.

“Pretende-se reforçar a resiliência deste sistema fluvial e diminuir a vulnerabilidade da população e atividades económicas existentes na proximidade do rio Cávado a danos decorrentes de cheias e da subida repentina do seu caudal, conciliando soluções hidráulicas com soluções de base natural”, diz a proposta do vereador do Ambiente, Altino Bessa.

O documento acentua que a proposta de revisão do PDM já prevê a execução do projeto, no âmbito da respetiva ARPSI – Área de Risco Potencial Significativo de inundações e anota que foi celebrado o Protocolo de Cooperação Técnica entre a Agência Portuguesa do Ambiente, IP, e o Município, para a Candidatura a Apresentar ao Programa Regional do Norte 2021-2027 (Norte 2030).

Esta candidatura, que passa pela atribuição de uma verba de comparticipação comunitária de 627 mil euros abrange o projeto de Realização da Proteção e Adaptação da Margem Esquerda do Rio Cávado e o Reforço da Resiliência territorial e Minimização dos Riscos de Inundação na ARPSI do rio Este, em Ferreiros – onde será criada uma bacia de retenção de água e um parque ecológico.

Os dois estudos foram elaborados pela equipa multidisciplinar coordenada por Pedro Teiga da empresa Engenho e Rio, Unipessoal Lda, em colaboração com técnicos municipais.

Aprovada criação do Parque Ecológico do rio Este

Recorde-se que, e conforme O MINHO noticiou, o Município aprovou, na mesma reunião, uma proposta de criação do Parque Ecológico do rio Este, que se baseia numa bacia de retenção de água de renaturalização das margens para evitar inundações em Ferreiros.

O projeto visa “a adaptação e reforço da resiliência do corredor ribeirinho do rio Este para minimização dos riscos de inundação na zona de Braga-Este, e consequente diminuição da vulnerabilidade da população, património e atividades económicas existentes na sua proximidade”.

O documento evoca “a magnitude de diversas inundações que, nas primeiras décadas do século XXI, afetaram gravemente a população e as atividades económicas” e anota que há vários edifícios sensíveis da EB1/Jardim de Infância (JI) de Ponte Pedrinha, Junta de Freguesia de Celeirós, Dierum – Educação Infância, JI do Centro Social de Celeirós.

Diz, também, que as cheias potenciam as fontes de poluição associadas às ETAR da entidade gestora Agere –Empresa de Águas e do Posto de Abastecimento de Combustível da Petrolíquido (EN 309).

Salienta que “há outros edifícios na zona que são frequentemente afetados, dos quais se destacam, pela sua proximidade à área de intervenção, alguns do parque industrial (nomeadamente, as fábricas da BOSCH, APTIV e FHEST) e um edifício multifamiliar (localizado à face da rua Maria Amélia Bastos Leite)”.

 
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