Braga com “crescimento desequilibrado e assente na proliferação do betão e do betume”

Acusa a CDU

A CDU de Braga criticou a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Braga, cujo período de discussão pública terminou recentemente, alegando que o documento não apresenta uma “rutura com as políticas de ordenamento e urbanismo das últimas décadas”.

Segundo a coligação, a proposta mantém um modelo de “crescimento desequilibrado”, baseado na expansão urbana “sem a devida atenção a infraestruturas essenciais, como saneamento, abastecimento de água, mobilidade e espaços verdes”. Para a CDU, é um crescimento “assente na proliferação do betão e do betume”.

Em comunicado enviado a O MINHO, assinado pelo candidato à Câmara de Braga, João Baptista, e pelo vereador da CDU Vítor Rodrigues, os comunistas alertam que a proposta “não define um modelo territorial claro para a cidade e o concelho”, nem estabelece uma articulação “eficaz com os concelhos vizinhos e a Área Metropolitana do Porto”.

Além disso, “a redução do número de categorias de solo e o fim da categoria de solos urbanizáveis” poderão, segundo a coligação, “gerar incerteza e permitir interpretações arbitrárias do regulamento, impactando a cobrança do IMI sobre terrenos ainda não urbanizados”.

Outro ponto destacado pela CDU é a “falta de estudos sobre o impacto da urbanização na rede de transportes e infraestruturas essenciais”, bem como a “ausência de um plano detalhado para a instalação da futura estação de alta velocidade em Braga”. A coligação defende que a construção da estação deve incluir “espaços públicos, zonas verdes e habitação acessível”.

A coligação também critica a manutenção de grandes áreas verdes sob classificação agrícola ou florestal, em vez de serem destinadas a usufruto público.

 
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