Braga classifica “Voltas da Macada”, tramo da estrada real com 200 anos que antecedeu a EN 14

É um dos primeiros testemunhos da modernidade das infraestruturas rodoviárias em Portugal
Braga classifica "voltas da macada", tramo da estrada real com 200 anos que antecedeu a en 14
Foto: CM Braga

A Câmara de Braga vai classificar como monumento de interesse municipal as “Voltas da Macada”, apresentadas como um tramo da estrada real e um dos primeiros testemunhos da modernidade das infraestruturas rodoviárias em Portugal, foi hoje anunciado.

Em comunicado, o município refere que a classificação surge de um estudo elaborado pela Fundação Bracara Augusta e que a proposta de abertura do procedimento será votada na segunda-feira, em reunião do executivo.

“Situado na freguesia de Santana de Vimieiro, trata-se de um monumento único, de extrema importância histórica e cultural para a região e para o país, sendo um dos primeiros testemunhos da modernidade das infraestruturas rodoviárias em Portugal, projetada ainda antes da segunda metade do século XIX, onde em Braga se preservava o testemunho único das denominadas ‘Voltas da Macada’”, refere o comunicado.

Braga classifica "voltas da macada", tramo da estrada real com 200 anos que antecedeu a en 14
Foto: CM Braga

Segundo o estudo, o monumento é apresentado como um tramo da estrada real, originalmente pavimentada pelo sistema Macadam, enquanto testemunho da engenharia de infraestruturas rodoviárias oitocentista, do período do liberalismo monárquico de meados do século XIX.

O estudo refere ainda que as “Voltas de Macada” são um tramo desativado da ligação rodoviária que antecedeu a Estrada Nacional 14, que liga o Porto a Braga.

A Fundação Bracara Augusta diz que o monumento reúne um conjunto de nove rampas declivosas e outras tantas curvas com raio de 1800, dispostas em ziguezague, destinadas a vencer um desnível de 32 metros ao longo de uma extensão de 600 metros.

O presidente da Fundação Bracara Augusta e autor do estudo, Miguel Bandeira, sublinha que em causa está um testemunho único do património histórico e da paisagem cultural rodoviária em Portugal.

Uma paisagem composta por árvores, maioritariamente carvalho-alvarinho e sobreiro, e pela topografia e envolvente, que “conferem uma particularidade ao local que conjuga assim a vertente patrimonial com um peculiar enquadramento paisagístico, que importa salvaguardar e intervir no sentido da sua valorização, preservação e proteção”.

 
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