Uma interação entre um ciclista e um automobilista levou a tons de conversa inusitados por desconhecimento da interpretação da sinalética no fundo da Avenida da Liberdade, em Braga.
O ciclista, que filmou a situação, esperou que um automóvel passasse na Avenida, apesar de o ciclista ter a prioridade, mas seguiu-se uma troca de palavras mais acesa, com o condutor do automóvel a dizer que “da próxima”, o ciclista leva “uma trombada”.
No caso em questão, o ciclista podia atravessar a Avenida da Liberdade sem ter de desmontar da bicicleta nem esperar que o carro passasse, por se tratar de uma passagem de atravessamento para velocípedes (M10), que funciona da mesma forma que uma passadeira para atravessamento de peões, ou seja, os automóveis estão obrigados a parar.
Contudo, o automobilista não entendeu da mesma forma, disse ao ciclista para “ler o código da estrada”, e que o mesmo tinha de sair da bicicleta e atravessar na passadeira destinada a peões. O ciclista também utilizou a leitura do código da estrada como contra-argumento.
De acordo com o Instituto da Mobilidade e Transportes, uma M10 (ou M10a quando é na lateral), “é constituída por quadrados (Marca M10) ou paralelogramos (Marca M10a), consoante a passagem é perpendicular ou enviesada em relação ao eixo da via, e indica o local por onde os ciclistas devem fazer o atravessamento da faixa de rodagem”.
No caso em questão, além de uma passadeira de atravessamento para peões, também existe ali uma M10, pelo que o condutor teria sempre de parar segundo a lei.
