Um momento de ‘enorme emoção e felicidade e um sinal de que o esforço efetuado tem valido a pena’. As palavras são de Ana Paula Leite, presidente da Associação para a Inclusão e Apoio ao Autista (AIA), durante a inauguração do Centro de Atividades Ocupacionais (CAO), um ‘sonho antigo’ da instituição que tomou forma na antiga Escola Primária do Assento, em Palmeira. A valência tem capacidade para apoiar quinze crianças e jovens autistas.
Na ocasião, Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, revelou que a autarquia apoia o projeto, orçamentado em 210 mil euros, com um financiamento direto de 40 mil euros.
“É algo que queremos replicar no futuro com outras valências e projetos que visem dotar o concelho de valências que respondam a desafios sociais que ainda estão por suprir, e na área da deficiência são evidentes as lacunas no nosso território”, afirmou, garantindo que o CAO agora inaugurado é uma ‘excelente prova’ de que é possível fazer mais e melhor pelos que precisam de ‘especial atenção’.
O autarca elogiou ainda o ‘dinamismo e a capacidade de mobilização’ da AIA, que conseguiu cativar o carinho de toda a comunidade.
“Cada instituição e a própria sociedade civil, nas medidas das suas possibilidades, deram um contributo para que este projeto fosse um sucesso e, certamente, continuarão a estar ao lado da AIA neste percurso”, referiu.
De acordo com Ana Paula Leite, o CAO vem preencher uma lacuna na região.
“No distrito não existe nenhuma associação especificamente direcionada para a problemática do autismo e mesmo as associações vocacionadas para a multideficiência não dispõem de vagas”, alertou, explicando que o CAO funcionará como uma essencial ‘retaguarda de apoio’ aos pais.
Por seu turno, Rui Barreira, diretor do Centro Distrital de Braga da Segurança Social, reconheceu o ‘excecional trabalho’ que a associação tem vindo a desenvolver.
“Podem continuar a contar com o apoio da Segurança Social nas vossas ações. Hoje começa um caminho ainda maior que permitirá dar uma resposta mais preparada e melhorar a qualidade dos jovens autistas”, disse.