Braga: Bar Bicau vai fechar após ‘braço de ferro’ com a Câmara

Autarquia exige que encerre mais cedo
Braga: bar bicau vai fechar após 'braço de ferro' com a câmara
Foto: Facebook

O bar Bicau, em Braga, encerrou “por tempo indeterminado” depois de a Câmara ter imposto uma redução de horário devido às queixas de ruído. Passaria a funcionar até às 02:00, em vez das 04:00 como habitual.

A funcionar na praia fluvial de Palmeira, o espaço era alvo de denúncias de ruído excessivo por parte dos moradores, como avança hoje o Jornal de Notícias (JN).

Rui Pimentel, advogado dos residentes, tem dúvidas sobre a legalidade do espaço, já que a concessão da Junta de Freguesia era “para um bar de apoio à praia fluvial e não para uma discoteca ao ar livre”.

“Demos todas as oportunidades ao bar para que mitigasse o ruído. Mas não conseguiu fazê-lo. Em julho de 2024, deixamos que o estabelecimento funcionasse até às quatro horas, mas sem êxito. Continuámos a ter várias dezenas de queixas dos moradores que não conseguem dormir”, explicou a vereadora Olga Pereira, citada pelo JN.

A autarca lembra que o estabelecimento pode continuar aberto, mas cumprindo o encerramento às 02:00.

Contudo, esse cenário é inviável para os promotores do espaço – Batida Eficaz, que abriu em Esposende a discoteca UPS, no antiga Pacha. Alegam que o ruído é oriundo de outros bares também situados nas margens do rio, nomeadamente em Vila Verde e Amares.

O advogado que defende a empresa, João Magalhães, frisa que este encerramento “prejudica o concelho de Braga na época estival”.

O caso já está na Justiça, com a firma a interpor duas providências cautelares para anular a decisão da Câmara no Tribunal Administrativo de Braga, sendo que uma já foi rejeitada e outra está ainda por decidir. Nesse documento apontam para o risco de dispensa de 40 trabalhadores.

O ‘verniz estalou’ quando a Câmara não concedeu as licenças especial de ruído e de ocupação do espaço público para o concerto do Grupo Revelação, que se iria realizar em 05 de julho deste ano.

Terá causado um prejuízo de 120 mil euros à organização, que transferiu o evento para a discoteca de Esposende, sendo que só se realizou dois dias depois.

Altino Bessa, vereador do Ambiente, frisa que a promotora começou a vender bilhetes dois meses antes do concerto e só pediu licença uns dias antes.

“Queriam voltar a utilizar a política do facto consumado. Faziam o espetáculo, violando o horário. Eram multados, mas, a seguir, iam litigar para o Tribunal, como já fizeram várias vezes, para não pagar”, disse, em declarações ao mesmo jornal.

 
Total
0
Shares
Artigo Anterior
Empresa do norte queria importar 25 toneladas de areia de gato. Pj descobriu 200kg de cocaína escondida

Empresa do Norte queria importar 25 toneladas de areia de gato. PJ descobriu 200kg de cocaína escondida

Próximo Artigo
Gil vicente vende félix correia e encaixa 5 milhões

Gil Vicente vende Félix Correia e encaixa 5 milhões

Artigos Relacionados