O líder da concelhia de Braga do Partido Social Democrata (PSD), Hugo Soares, elogiou esta sexta-feira o trabalho da autarquia da capital do Minho, “uma cidade aberta ao futuro com um executivo municipal a cumprir os seus compromissos eleitorais”, em contraponto com o que se passa no país, que, para o também deputado, “parou no tempo” à espera que António Costa se “aguentasse como primeiro-ministro”.
O ex-líder da bancada do PSD na Assembleia da República falava no plenário dos militantes da secção de Braga, que se realizou, como é habitual, no Hotel Mercure, na cidade minhota, durante a análise da situação política local e nacional, que tem lugar no início da reunião.
Sobre o panorama da política local, Hugo Soares explicou que o PSD Braga tem “acompanhado com satisfação” o trabalho da Câmara Municipal, liderada por Ricardo Rio.
“Aquilo que nos propusemos nas eleições de 2013 e que reconduzimos no programa eleitoral de 2017 tem sido amplamente cumprido pelo nosso presidente da Câmara e pelo executivo que apoiamos. É justo dizer que a Câmara Municipal conseguiu concretizar um conjunto de intervenções que Braga há muito almejava e que foram de resto lançadas no mandato anterior”, disse, referindo-se à recuperação do antigo Parque de Exposições de Braga (PEB), que deu lugar ao renovado Altice FORUM Braga, como uma obra “capaz de captar investimento e um conjunto de grandes eventos”, à recuperação do Parque Desportivo da Rodovia, ao lançamento das obras no mercado municipal, bem como a outras concretizações ao nível social, cultural, ambiental e desportivo.
Sobre o caso da antiga fábrica Confiança, o líder concelhio pôs-se ao lado daquilo que tem sido a posição da autarquia, que aprovou a venda em hasta pública do imóvel por cerca de quatro milhões de euros.
“A posição que o município assumiu é uma posição legitimada do ponto de vista eleitoral. Quando nos propusemos a ir a eleições dissemos que íamos estudar a possibilidade de alienar o edifício da fábrica Confiança assim não houvesse possibilidade de a recuperar socorrendo-nos a fundos estruturais europeus. A verdade é que se veio a verificar que esses fundos não existiam, que não vêm a existir num futuro próximo, e a Câmara Municipal decidiu alienar, salvaguardando aquilo que é o património histórico e cultural daquele espaço”, referiu, explicando que está previsto, para quem comprar, um caderno de encargos exigente.
Recorde-se que em cima da mesa estão um conjunto de restrições sobre intervenção que ali será concretizada. O espaço não pode ser utilizado para fim comercial e deverá ter pelo menos 500 m2 de espaço aberto ao público, com o objetivo de preservar a memória da fábrica Confiança.
Sobre a situação política nacional, Hugo Soares considera que o país “parou no tempo” à espera que António Costa se aguentasse como primeiro-ministro para poder chegar ao fim da legislatura e voltar a ser candidato.
“Se entendermos a que consolidação das contas públicas que o governo se orgulha é feita à custa da míngua dos serviços públicos, do sistema de educação, da justiça, da proteção civil, e sobretudo do Serviço Nacional de Saúde, facilmente percebemos que – ironia das ironias – é mesmo um governo das esquerdas, do PCP, do BE e do PS, que está a destruir o SNS, o que nos leva a dizer que Portugal parou no tempo”, defendeu.
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Durante a reunião de militantes, foi ainda aprovado, por unanimidade, um Voto de Louvor ao executivo municipal liderado por Ricardo Rio, que foi apresentado pelo militante Rui Pereira, pelo trabalho levado a cabo pelo autarca, passado que está o primeiro ano do seu segundo mandato.