O Tribunal de Braga marcou para dia 2 de outubro o começo das alegações finais do Ministério Público e dos advogados de defesa de dez arguidos acusados de terem assaltado o banco Santander, na dependência da Avenida Central, em Braga, e várias vivendas na região minhota.
As audiência devem terminar nesse mês, prevendo-se que o acórdão final possa ser divulgado um mês depois.
Na sexta-feira, e em nova audiência de julgamento após as férias judiciais – agora a decorrer no Centro Cívico de Palmeira – o coletivo de juízes entrou numa nova fase, depois de, até julho, ter tentado produzir prova no que toca ao assalto aos cofres de clientes no banco Santander. A ‘nova fase’ aborda os assaltos feitos a dez vivendas na região minhota.
Ontem, esteve em análise a origem de bens furtados em vivendas que estavam na posse do sogro de um dos arguidos, onde a GNR foi buscá-los aquando da investigação criminal.
Associação criminosa
O caso envolve o agente da PSP Carlos Alberto Alfaia, na altura em Ponte de Lima, que dava informações, a troco de dinheiro, sobre as casas a assaltar.
O MP calcula que, só do banco três arguidos levaram 2,6 milhões em dinheiro e 400 peças de 52 cofres. Ao todo, quatro milhões. Entre os lesados, com casas assaltadas e carros furtados, estão o empresário Domingos Névoa, o cantor limiano Delfim Júnior, e o médico e antigo atleta do SC Braga, Romeu Maia. A investigação foi da GNR e da Polícia Judiciário do Porto.
O MP considera que o mentor da “associação criminosa” é o arguido Joaquim Marques Fernandes (de Priscos, Braga) o qual terá criado o gangue em parceria com Vítor Manuel Martins Pereira (de Vila do Conde), Luís Miguel Martins de Almeida (de Braga) e Rui Jorge Dias Fernandes (Braga).
O grupo engloba, ainda, Paulo Sérgio Pereira, (irmão de Vítor), de Famalicão, Mário Fernandes, de Braga, Cristiana Guimarães, de Braga, André Filipe Pereira, de Famalicão, e Manuel Oliveira Faria, de Braga.
Terá atuado desde 2017 e até Junho de 2018. Utilizava recursos tecnológicos sofisticados, como inibidores de telecomunicações e de alarmes, GPS, clonadores de chaves eletrónicas de automóveis e instrumentos para neutralizar cães de guarda.