António Falé de Carvalho, advogado de defesa do suspeito de ter assassinado o jovem Manuel “Manu” Gonçalves, de 19 anos, em Braga, diz que a arma do crime, uma faca, era da própria vítima.
O causídico falava à porta do Tribunal de Famalicão depois de ter visto o juiz decretar a medida de coação de prisão preventiva a Mateus Marley Machado, de 27 anos, detido na passada quinta-feira pela Polícia Judiciária (PJ) quando se encontrava em Castelo Branco.
“Está no próprio processo, que eu hoje pela primeira vez consultei, que a arma do crime, a faca, era da própria vítima”, afirmou o advogado aos jornalistas em Famalicão.
Recorde-se que esse é um dos argumentos que Falé de Carvalho invoca para a inocência do seu cliente, juntamente com imagens de videovigilância que alega provarem que não foi Mateus Marley quem cometeu o homicídio.
Hoje soube-se ainda que, de acordo com o processo de investigação da brigada de homicídios da Polícia Judiciária de Braga, o ataque a “Manu” foi realizado por um grupo de sete jovens.
Como O MINHO noticiou esta tarde, o alegado homicida do estudante “Manu”, em Braga, ficou em prisão preventiva, determinou este sábado o Tribunal de Turno da Comarca de Braga, em Famalicão, estando o detido sob escolta agora da Polícia Judiciária de Braga já a caminho de um estabelecimento prisional que não foi revelado.
A mais pesada medida coativa foi ao encontro da solicitação expressa manifestada este sábado pelo procurador do Ministério Público, depois do interrogatório, referindo haver todas as razões processuais para tal, na sequência dos fortes indícios recolhidos pela Brigada de Homicídios da Polícia Judiciária de Braga.
A decisão foi conhecida ao final da tarde deste sábado, após uma maratona judicial que teve o seu início de manhã, mas apenas para o magistrado do Ministério Público e o advogado de Defesa, António Falé de Carvalho, ambos, consultarem todo o processo que já tinha sido entregue pela Polícia Judiciária de Braga.
A PSP manteve-se sempre no Interior e no exterior do Palácio da Justiça de Vila Nova de Famalicão, através da Esquadra de Intervenção Rápida do Comando Distrital de Braga e do Corpo de Intervenção da Unidade Especial de Polícia no Comando Metropolitano do Porto.
Mateus Marley Machado, de 27 anos, prestou declarações, tendo negado a autoria do crime de homicídio de Manuel de Oliveira Gonçalves (“Manu”), de 19 anos, cometido à porta do Bar Académico de Braga, da Associação Académica da Universidade do Minho.
Defendido pelo advogado António Falé de Carvalho, o jovem de nacionalidade brasileira, Mateus Marley Machado, que se intitula como sendo músico profissional, negou também ter participado na rixa antecedente ao homicídio, mas que apenas estaria perto do local do crime, à mesma hora.
O reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, anunciou que o bar não reabrirá tão cedo, pelo menos nos mesmos moldes, após uma reunião com a Associação Académica da Universidade do Minho, na presença da PSP.
Os moradores da urbanização envolvente saudaram o encerramento do bar, esperando que seja definitivo,devido a ruídos constantes e incidentes muito frequentes, além de urina, fezes e vómitos na zona.