A funcionária da Caixa Geral de Depósitos de Braga que foi acusada pelo Ministério Público (MP) do Tribunal Judicial local de se ter apropriado de dois mil euros da conta de uma cliente, rescindiu contrato com o banco em 2019 e encontra-se a trabalhar no estrangeiro.
Fonte ligada ao processo disse a O MINHO que a informação, dada no site da Procuradoria Geral distrital do Porto, causou estranheza e consternação entre os funcionários bracarenses da entidade bancária, na medida em que a ex-trabalhadora “arruinou uma carreira promissora e saiu sem ter recebido os direitos que teria, se a saída se processasse normalmente”.
A mesma fonte disse, ainda, que a gestora de contas vivia com problemas financeiros, momentâneos, mas difíceis, o que justifica o ato criminoso praticado.
Confome o O MINHO publicou, o MP deduziu acusação contra ela, dizendo que, no dia 28 de dezembro de 2018, no balcão da Caixa Geral de Depósitos na Avenida Central em Braga, usou as credenciais informáticas que lhe estavam atribuídas em virtude das suas funções, para abrir uma conta em nome de uma cliente, emitindo a respetiva caderneta bancária, para o que teve de “assinar” e “rubricar” o documento de suporte como se fosse, respetivamente, a referida cliente e a gerente do balcão.
Mais indiciou que entre os dias 28 e o dia 13 de janeiro de 2019, a arguida procedeu à transferência para esta conta assim aberta do total depositado numa outra conta da referida cliente – conta poupança-, procedendo, no mesmo período de tempo, na agência central de Braga da Caixa Geral de Depósitos e mediante o uso da caderneta, a dez levantamentos em numerário no montante global de dois mil euros, que fez seu.
O MP imputa-lhe, por isso, a prática de um crime de peculato, de um crime de falsidade informática agravada, de um crime de acesso ilegítimo agravado e de um crime de falsificação de documento agravado.
