O BPI vai funcionar “à porta fechada” a partir de segunda-feira devido ao Covid-19, e vai atender clientes “em caso de absoluta necessidade”. Mas todos os bancos podem estabelecer limites de afluência.
Os bancos vão apelando aos seus clientes para que não se desloquem aos balcões, sem necessidade. Apelam ao uso das tecnologias e de acesso à distância, como o “homebanking” ou as aplicações móveis, ou ainda as caixas automáticas.
Ainda assim pretendem manter os balcões com pessoal, mas com limitações.
O BPI já fez saber, numa informação enviada às redações, que “todas as suas unidades comerciais – balcões, centros premier, balcão móvel e centros de empresas – estarão a funcionar ‘à porta fechada’ a partir de segunda-feira, dia 16 de março”, podendo os clientes, com “absoluta necessidade de atendimento presencial”, “assinalar a sua presença e serão devidamente atendidos”. O banco liderado por Pablo Forero realça que “esta decisão é temporária e será alvo de um acompanhamento permanente e posterior reavaliação assim que a evolução da situação o permita”.
Os bancos sustentam estar a seguir as recomendações da Direção Geral de Saúde, e também estarão a seguir as diretivas sobre espaços comerciais, limitando a sua afluência.
À Lusa, a Caixa diz que “está a tomar as medidas necessárias para manter a continuidade do funcionamento dos diversos serviços, processos de negócio e relações com os seus clientes e outros ‘stakeholders’ dentro dos níveis de serviço normais”, mostrando-se “disponível para estudar e apoiar os seus clientes a ultrapassar eventuais constrangimentos que advenham da covid-19”.
No caso do Novo Banco, os balcões também se mantêm abertos, mas em situação de acumulação de clientes, cabe ao gerente do balcão assumir um encerramento controlado, controlando assim a afluência de clientes.
Há já, no entanto, situações nas zonas mais críticas com controlo de acesso ou mesmo com alguns encerramentos temporários nalguns dos bancos.
A Associação Portuguesa de Bancos já tinha apelado para que os clientes privilegiem o uso dos canais digitais e telefónicos, “evitando, quando tal for possível, o recurso às agências”, disse num comunicado na quinta-feira, recomendação que se aplicava “em especial” aos clientes “mais vulneráveis como idosos, pessoas com doenças crónicas ou sistemas imunitários enfraquecidos”, refere ainda a entidade que representa os bancos nacionais.
As “operações do dia-a-dia como transferências bancárias, pagamento de serviços ou carregamentos de telemóveis poderão ser executadas, de forma segura e cómoda, através do ‘homebanking’ ou da aplicação do banco, bem como das máquinas de Self-Service instaladas nas agências ou da rede de ATM”. Além disso, “deverão ser ainda privilegiados os pagamentos com cartão (se possível ‘contactless’) ou através de meios digitais”, evitando-se o manuseamento de dinheiro vivo.
Além disso, as instituições financeiras estão a adotar um conjunto de medidas de prevenção, nomeadamente o reforço de higienização das instalações, a dispersão física de colaboradores afetos a determinados serviços, a limitação da participação em reuniões, eventos ou viagens ao estrangeiro, privilegiando-se a realização de contactos ou reuniões através de meios remotos, como a videoconferência, nota a APB.