Os Bombeiros Sapadores de Braga cumprem, hoje, com uma tenda de apoio montada na Arcada, no centro da cidade, mais uma vigília de 24 horas para lembrar ao Governo que a sua carreira profissional tem de ser revista e que “não faz sentido” auferirem 7,03 euros de subsídio mensal a título de risco.
O porta-voz do grupo, Armando Rosas, com 28 anos de profissão, disse a O MINHO que o protesto não tem qualquer ligação sindical ou partidária.
“Tal como as forças de segurança também merecemos a revisão do nosso estatuto. Além do subsídio de risco, exigimos a alteração do método de avaliação do SIADAP (Sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na administração pública), – que nos equipara a qualquer outro funcionário público quando temos funções e obrigações bem diferentes – bem como a possibilidade de termos uma carreira com evolução e promoção”, acentua.
O grupo presente sublinha que todos estão em dia de folga, ou seja, o serviço do dia-a-dia em nada é prejudicado pelas vigílias, e que vão continuar até 02 de outubro, ou mesmo por tempo indeterminado.
“Há incêndios, o poder e as pessoas lembram-se de nós, mas, depois, não se vê nada no Orçamento de Estado”, lamenta.
Correção da tabela remuneratória
As reclamações dos sapadores envolvem “a correção do atual tabela remuneratório em 52 euros referente ao ano de 2022, a exemplo do que aconteceu nas carreiras gerais da Administração Pública” e a atribuição de subsídio de risco, penosidade e insalubridade. Sobre este subsídio recordam que “existem carreiras da Administração Pública que auferem já 15% do vencimento base destes suplementos, enquanto os bombeiros ficam excluídos”.
Querem, ainda, que a profissão seja considerada de desgaste rápido, que seja atualizado o Suplemento de Disponibilidade Permanente, que seja revista de forma digna, a idade de aposentação e que haja um horário de trabalho especial para os bombeiros.
Clarificação do Comando das Operações
O caderno reivindicativo passa, também, pela “clarificação do comando das operações nos municípios com bombeiros sapadores”, pela publicação do Regimento de Uniformes e Insígnias, por um novo sistema de avaliação específico para os bombeiros sapadores
Por último, exigem o “desenvolvimento da carreira, horários e promoções”. Situação que – acentuam – “se arrasta há muitos anos e em que existe uma completa desestruturação da hierarquia e falta de graduados devido à não realização de concursos de promoção, prejudicando a carreira dos bombeiros”.
