Os Bombeiros Sapadores de Braga desativaram 624 ninhos de vespa asiática em 2022, estando sete por neutralizar devido aos difíceis acessos, revelou hoje a Câmara.
Em comunicado, a autarquia salienta que a taxa de execução está nos 98.87%, “o maior valor alcançado desde o início desta intervenção por parte dos Bombeiros Sapadores”.
No global, foram empenhados 1.248 operacionais, sendo que estas ações de controlo da espécie invasora traduziram-se em mais de 1.000 horas de actuação e foram percorridos 11.856 quilómetros dentro.
Ainda em 2022, e no âmbito do Plano Estratégico de detecção e controlo da Vespa Velutina na NUTS III do Cávado, o Município de Braga recebeu 225 armadilhas e 1350 unidades de atractivo com isco alimentar, para apoiar no combate à propagação da vespa.
A implementação desta metodologia de combate, adstrita ao serviço do Gabinete Técnico Florestal da Protecção Civil Municipal de Braga e em articulação com a Associação de Apicultores do Cavado e Ave, distribui as armadilhas em locais estratégicos do concelho, permitindo também a captura sem recurso a meios e logística pesada.
A vespa velutina é uma espécie não-indígena, predadora da abelha europeia e sua introdução involuntária na Europa ocorreu em 2004 pelo território francês, tendo a sua presença sido confirmada em Espanha em 2010, em Portugal e Bélgica em 2011 e em Itália em finais de 2012.
Esta espécie distingue-se da espécie europeia, pela coloração do abdómen (mais escuro na vespa asiática) e das patas (cor amarela na vespa asiática). Os principais efeitos da presença desta espécie não indígena manifestam-se em várias vertentes, sendo de realçar: na apicultura, pois trata-se de uma espécie carnívora e predadora de abelhas e riscos para a saúde pública na medida que ao se sentirem ameaçadas reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros.
Para comunicar a deteção ou suspeita da existência de ninho de vespa velutina, a Câmara de Braga disponibliza o e-mail [email protected].