O aniversário já foi em maio, mas só hoje chegou a prenda. Os Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo passam a contar com uma nova ambulância de transporte de doentes (ABTD), uma oferta da Câmara Municipal para ajudar à renovação da frota de emergência.
Atualmente, das seis ABTD que aquela associação humanitária dispõe, duas têm “mais de meio milhão de quilómetros em cima”, conforme deu hoje conta a O MINHO o presidente da direção, David Lourenço.
“Estamos preocupados com a nossa frota automóvel porque está envelhecida e, quando tomamos posse, vimos logo que existia uma necessidade de estruturar um plano de requalificação da mesma”, explicou.
Nesse sentido, a direção já havia substituído uma ambulância destas por uma semi-nova, recebendo agora uma totalmente nova, como prenda de aniversário atrasada (ou antecipada, uma vez que daqui por três meses a corporação faz 141 anos).
O atraso na chegada da ‘prenda’ deve-se, explica David Lourenço, às dificuldades que as empresas de automóveis têm registado em facultar novos veículos, fruto de condicionantes por causa da pandemia.
David Lourenço sublinha que a ambulância nova foi “paga na totalidade pela Câmara” e, sem avançar números, explicou que a mesma “vem ao encontro da intenção da renovação da frota”.
Já em termos de ambulâncias de socorro, a corporação dispões de quatro, uma delas com 22 anos e que deve ser substituída “o quanto antes”.
“A nossa estratégia passa por otimizar a frota, porque temos gastos de manutenção e mecânica com os veículos velhos que poderiam muito bem servir para comprar novos, que não necessitam da parte mecânica com tanta recorrência como as que já temos”, considerou.
Novo autotanque
David Lourenço adiantou ainda a O MINHO que a corporação irá comprar um autotanque com capacidade de 30 mil litros de água, sobretudo porque o parque empresarial de Viana do Castelo tem vindo a crescer, e há a necessidade de o socorro estar preparado para eventuais incêndios de grandes dimensões.
“Também é importante em relação às questões climáticas, porque pelo que estamos a ver neste ano, há pouca chuva, e as corporações tem que levar água às populações. Digo isto, não num sentido de alarmista, mas no sentido de responsabilidade social”, acrescentou.
Gastos com combustível retiram receitas
Os preços dos combustíveis ainda não pararam de subir durante este ano, e isso também traz dificuldades para os bombeiros.
“Continuo a dizer que o Governo tem de olhar para os bombeiros de forma diferente, porque estamos subfinanciados. O que recebemos não dá para cobrir a despesa que estamos a ter : combustível, tripulantes, motoristas, desgaste de veículo… Não conseguimos sobreviver sem ser com ajudas externas, e felizmente a Câmara tem estado sempre ao nosso lado”, vaticinou o presidente da direção.