Os meios terrestres vão ser reforçados ao longo desta noite no incêndio de Ponte da Barca, e “a prioridade” neste momento “é a defesa das infraestruturas, disse à Lusa um oficial do comando Nacional da Proteção Civil.
Porque na “linha de incêndio há várias habitações”, sublinhou em declarações à Lusa esta noite o comandante Álvaro Fernandes, do Comando Nacional da Proteção Civil, vão estar envolvidas no combate a este fogo corporações de bombeiros de outras zonas do país.
O oficial confirmou que há um bombeiro com ferimentos ligeiros, mas disse não dispor da informação de que uma das casas já tenha ardido. Porém, não excluiu o facto de haver casas em risco e que populações possam vir a ser retiradas.
Por isso, “a prioridade é a defesa das infraestruturas”, frisou.
Segundo a página da ANEPC, estão neste momento envolvidos no combate ao incêndio 259 operacionais e 82 viaturas.
Quanto a outros dos incêndios preocupantes, o de Arcos de Valdevez, localidade de Rodovel, aquele responsável da Proteção Civil disse que “está a ceder aos meios” e já só tem uma frente ativa, pelo que espera que “possa estar controlado” nas próximas horas.
No combate a este fogo, estão neste agora envolvidos 34 operacionais e 10 viaturas
O presidente da Câmara de Ponte da Barca tinha pedido hoje à tarde a mobilização de mais meios, sobretudo aéreos, para combater o incêndio que deflagrou no sábado à noite em Parada, Lindoso, encontrando-se muito próximo de habitações.
Em declarações à Lusa, Augusto Marinho apelou para o reforço de meios aéreos apesar dos três meios aéreos a operar cerca das 17:39, que “considerou escassos”.
“Precisamos de mais meios. Este terreno é acidentado e são necessários mais meios aéreos, urgentemente, porque o combate apeado é muito difícil”, salientou, referindo que “durante a tarde foram solicitados mais meios aéreos, mas sem resultado”.
“Só quando fogo começou a aproximar-se das casas é que chegaram”, acrescentou.
Augusto Marinho referiu que o “a Estrada Nacional (EN) 203 está cortada e que o fogo está à porta das casas”, estando a ser ponderada “a retirada das pessoas das suas habitações”.
“O fumo é intenso e não consigo entrar no lugar de Parada [Parque Nacional da Peneda-Gerês]. Lanço um apelo para que venham mais meios aéreos socorrer as populações de Parada, no Lindoso”, frisou.
Augusto Marinho indicou que o fogo, que deflagrou às 21:47 de sábado, chegou “a estar mais controlo, mas de um momento para o outro, com o vento e a dificuldade do terreno descontrolou-se”.