A ideia surgiu há dois anos, a partir de Paulo Camelo, bombeiro de segunda nos Voluntários de Viana do Castelo. O objetivo passa por dar assistência no imediato a eventuais feridos ou vítimas de doenças súbitas que se encontrem não só na marginal litoral, como na zona urbana de Viana do Castelo.
Jorge Alonso, também bombeiro, gostou da ideia, e ofereceu duas bicicletas à corporação, que passou a contar com este meio de transporte para facilitar as intervenções e para prevenir eventuais mortes resultando de doenças súbitas, como paragens cardiorrespiratórias.
A O MINHO, o idealista explica que a corporação faz uso das bicicletas “conforme a disponibilidade”, sempre em regime de voluntariado, não existindo nenhuma escala fixa para escolher os operacionais.
“No domingo à tarde, sabemos que vai andar muita gente pela zona marginal, por isso vamos lá estar”, conta, depois de um interregno ao longo dos últimos meses.
Os bombeiros circulam sempre em par, e com uma mochila de onde existe o material que habitualmente se encontra nas ambulâncias, à exceção de desfribilhadores, pois “são caros” e necessários para as viaturas de emergência.
“No entanto, temos material de impermeabilização e administração de oxigénio. Mas mesmo não havendo desfribilhador, é possível estes bombeiros realizarem manobras de suporte básico de vida, caso encontram alguém em problemas. Ou seja, podemos salvar vidas no instante”, clarifica.
As bicicletas vão cobrir, durante a época balnear, e para além do centro urbano de Viana, as praias Norte e do Cabedelo, para além da ciclovia, entre Viana e Carreço.