Os Bombeiros de Arcos de Valdevez assinalaram o Dia da Unidade, ontem, com dois simulacros que serviram para testar a operacionalidade e a capacidade de resposta do corpo ativo.
Os operacionais testaram algumas das suas diferentes valências, nomeadamente em socorro e emergência pré-hospitalar e doença súbita, imobilização e estabilização em ambiente de trauma, salvamento e resgate em desencarceramento, operações em acidentes com matérias perigosas, operações de combate a incêndios, busca e resgate em ambientes aquáticos com embarcação de socorro e mergulhadores.
No primeiro exercício do dia foi recriada uma situação de atropelamento de um grupo de cinco ciclistas por um condutor que teria sofrido um AVC (acidente vascular cerebral) ao volante da sua viatura.
“Neste cenário foram recriados os mais diversos tipos de lesões e ferimentos e que permitiram aos nossos operacionais treinar diversas técnicas de trauma, imobilização e estabilização de emergência, num contexto de rua e com a habitual pressão de ‘mirones e curiosos'”, explica o comandante da corporação, Filipe Guimarães.
No segundo exercício simulado foi recriada uma situação de colisão entre uma viatura pesada que transportava material pirotécnico e uma viatura ligeira de passageiros com três ocupantes que após o embate entra em despiste e fica parcialmente suspensa na margem do rio Vez.
Ainda associada à situação do despiste da viatura ligeira, esta no seu percurso até ficar imobilizada acabou por abalroar um ciclista que circulava no passeio no momento da colisão das viaturas, tendo o ciclista sido projectado para o rio Vez juntamente com a sua bicicleta.
Filipe Guimarães salienta que “este segundo exercício simulado, bem mais complexo, exigiu aos operacionais um empenho muito maior e refinado, uma vez que a cinemática representada exigia com a máxima urgência respostas em áreas completamente distintas, nomeadamente o empenhamento de diversas equipas de emergência pré-hospitalar devido ao número de vítimas, uma equipa de desencarceramento, uma equipa de acidentes com matérias perigosas, uma equipa de combate a incêndios, uma equipa de mergulhadores e uma embarcação de socorro”.
E conclui: “Foi um dia longo, exigente e muito proveitoso para os nossos operacionais que tiveram oportunidade de treinar, debater e apurar técnicas e procedimentos num contexto o muito próximo do real. A realidade atual do mundo do socorro e a exigência da sociedade para connosco, obrigam-nos a estarmos sempre devidamente treinados e ao melhor nível”.