O corpo celeste que foi avistado na noite de sexta-feira em vários pontos do Minho e do Norte do país tratou-se de um “bólide”, um pedaço de asteróide que entrou na atmosfera terrestre a cerca de 61 mil quilómetros por hora, na zona da Galiza, e que deixou de ser visto no mar mediterrâneo, junto à costa de Almeria, em Espanha.
Apesar de ser algo que acontece com frequência, desta vez uma curiosidade prendeu os portugueses e espanhóis aos céus: o corpo celeste percorreu os céus da Galiza e do Minho, passou por Madrid e desapareceu no sul de Espanha.
O corpo celeste percorreu os céus durante mais de um minuto, levando a que milhares de pessoas testemunhassem o fenómeno.
De acordo com os detetores da rede de bólidos e meteoros do Sudoeste da Europa, a funcionar em Toleda, Almeria, Granada e Madrid e a Fundação Astrohita, a rocha entrou na atmosfera a 61 mi quilómetros por hora, acabando por abandonar a órbita terrestre 87 quilómetros acima do mar mediterrâneo.
☄Espectacular bólido sobre #Madrid
Se denomina bólido o bola de fuego a las estrellas fugaces más luminosas, aquellas que igualan o superan el planeta Venus (magnitud de brillo -4 o inferior)https://t.co/0wxOYEx5xO via @RedSpmn https://t.co/HLx15Z32SL
— Planetario de Madrid (@PlanetarioMad) April 16, 2021
De acordo com o astrofísico José Maria Madiedo, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, trata-se de um “bólido gozador”, uma bola de fogo que se origina quando uma rocha entra na atmosfera terrestre de forma “tangencial”, seguindo uma trajetória quase paralela ao solo.
Explica que algumas destas rochas, como terá sido o caso da de ontem, nem sempre se desintegram, acabando por regressar ao caminho que seguiam no espaço, mas numa órbita ligeiramente diferente.
No caso da rocha de ontem, a entrada rompante na atmosfera fez com que se incendiasse e se tornasse uma “bola de fogo”, explicou o especialista à imprensa espanhola.