O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda entregou esta sexta-feira uma pergunta ao Governo sobre a empresa Schnellecke Logistics Portugal, que está a despedir trabalhadores precários que desempenham funções na fábrica da Continental-Mabor em Lousado, concelho de Famalicão.
No documento, o Bloco quer que o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social “corrija a situação dos trabalhadores que se encontram excluídos do complemento de estabilização (após lay-off) e que a Autoridade para as Condições do Trabalho tome as diligências necessárias com vista a reverter os despedimentos de trabalhadores precários e a melhorar as condições de trabalho destes profissionais”.
O deputado do Bloco de Esquerda José Maria Cardoso, eleito pelo círculo de Braga e natural de Barcelos, esteve presente na concentração de trabalhadores, que estão em greve entre os dias 29 de abril e 02 de maio, convocada pelos sindicatos afetos à CGTP e UGT.
Os trabalhadores reivindicam aumentos salariais e regularização dos vínculos precários. Exigem ainda a melhoria das condições de trabalho, atendendo ao maior desgaste físico no desempenho das funções, uma vez que agora a empresa apenas permite apenas duas pausas durante o horário de trabalho e procedeu a alterações nos equipamentos, nomeadamente nos empilhadores, aumentando o desconforto e o risco de acidentes.
Em declarações à imprensa, José Maria Cardoso diz que estes trabalhadores estão a ser vítimas de “bullying” por parte da empresa. “Não são ouvidos nem atendidos para nada e cada vez sofrem maior pressão com o intuito da empresa atingir maior produção. As condições de trabalho pioraram, os riscos de desgaste físico aumentaram, a perseguição é permanente com a ameaça do cutelo de despedimento”, referiu o deputado.