Treze exposições e 500 artistas de 17 nacionalidades marcam a Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Gaia que arranca hoje e se prolonga até 10 de julho na antiga fiação de Crestuma, em Lever.
“A quarta edição desta bienal acontece num ano desafiante, em que os artistas são chamados a expressar emoções e reações à pandemia, ao confinamento, ao impacto do [novo] coronavírus na nossa sociedade. Este ano, mais do que nunca, a Bienal de Causas defende ainda mais as causas que nos definem enquanto indivíduos e atores sociais”, descreve o diretor da iniciativa, Agostinho Santos.
Apoiada pela primeira vez pela Direção-Geral das Artes (DGArtes), a Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Gaia ocupa três pavilhões, num total de seis mil metros quadrados, na antiga fiação de Crestuma, em Lever, local que acolheu esta iniciativa em 2019.
Já no resto do país, são oito os polos de exposição: Alfândega da Fé, Esposende, Funchal, Gondomar, Monção, Santa Marta de Penaguião, Viana do Castelo e Vila Flor.
Os homenageados desta edição são o artista plástico Albuquerque Mendes com a exposição antológica “Eu, Albuquerque Mendes – Obras na Coleção de Serralves”, com curadoria de Paula Pinto, bem como o escultor Paulo Neves, cuja curadoria da exposição antológica é assinada por Manuela Hobler.
“Novos Orientes”, exposição da autoria de Álvaro Siza e Carlos Castanheira que, sob a curadoria de Manuel Novaes Cabral, leva a Vila Nova de Gaia o projeto “MoAE – Museum of Art Education”, na China, que recentemente arrecadou o Prémio Archdaily, na categoria Cultural Architecture Building of the Year 2021, é outro dos destaques do evento.
Outra das mostras em destaque é “O Coronavírus não destrói a criatividade”, uma exposição que reúne a perspetiva de 176 artistas de oito países.
Soma-se “A Democracia é uma obrigação de todos os dias” que junta 25 artistas plásticos e 25 escritores para mostrar 25 obras de Abril, com curadoria de Valter Hugo Mãe.
Já com Ilda Figueiredo como curadora, e no ano em que se comemoram 45 anos da Constituição da República, estará patente a exposição “Paz e Constituição”.
“Vidas Marcadas”, uma exposição individual de Jorge Marinho que aborda o tema da violência doméstica, “Museu de Causas/Coleções Agostinho Santos” que reúne obras que defendem as várias abordagens da arte com curadoria de Humberto Nelson, ou “Infinitudes de Luz”, uma mostra coletiva de artistas japoneses com curadoria de Filipe Rodrigues, são outros dos destaques.
O cartaz do evento inclui, ainda, debates, colóquios, ateliers, entre outras iniciativas culturais e recreativas.