O Benfica venceu hoje o Gil Vicente, por 3-0, em jogo em atraso da 24.ª jornada da I Liga de futebol, em que os lisboetas tiveram uma prestação pragmática para conseguiram igualar pontualmente o líder da prova Sporting.
A vantagem das ‘águias’ começou a ser construída aos 22 minutos, com o golo inaugural de Aursnes, a que Belotti, aos 55, e Di Maria, aos 90+7, de grande penalidade, deram sequência, resumindo uma prestação que, mesmo sem deslumbrar, foi suficiente para os lisboetas manietaram um adversário que mostrou poucos argumentos para discutir o resultado.
Com este êxito, os ‘encarnados’, que somaram a sétima vitória consecutiva no campeonato, igualam os 62 pontos do líder Sporting, e cavaram um fosso de agora nove pontos para o terceiro classificado FC Porto.
Já os gilistas, que encaixaram o oitavo jogo seguido sem vencer, onde se englobam sete derrotas, continuam numa situação complicada na tabela classificativa, seguindo no 14.º lugar, com 23 pontos.
Apesar destes estados anímicos diferentes de ambos conjuntos, a partida até começou com um ritmo bem intenso, com uma entrada atrevida das duas equipas, que logo nos primeiros 10 minutos criaram boas chances para inaugurar o marcador.
Os lisboetas, que surgiram com o avançado italiano Belotti, num lugar de Pavlidis, como única novidade no ‘onze’, foram os primeiros a deixar sinais de perigo, com Aursnes, logo aos três minutos, a rematar para defesa de Andrew, e, pouco depois, a verem Amdouni, num tiro de longo, falhar o alvo.
O Gil Vicente não se intimidou, e, a apostar, claramente, numa toada de contra-ataque, e também a ameaçou a baliza contrária, num cabeceamento de Pablo, que Trubin respondeu com boa defesa.
No entanto, este inicial ritmo frenético acabaria por esmorecer, embora com o Benfica a vincar um estatuto dominador, perante um Gil Vicente que começou a sentir dificuldades em responder.
Não surpreendeu, por isso, que fossem as ‘águias’ a chegar ao primeiro golo do jogo, numa jogada simples e eficaz, e que expôs algumas fragilidades dos minhotos, com Bruma conseguiu servir Aursnes, que com demasiado espaço, não sentiu dificuldades em atirar para o 1-0, aos 22 minutos.
O tento da vantagem colocou os ‘encarnados’ em modo de gestão, controlando as inconsequentes e tentativas de resposta dos ‘galos’, mas ainda rondando um segundo golo, em iniciativas de Belotti e Bruma.
O Gil Vicente, que desde a madrugadora chance de Pablo não voltou a incomodar Trubin, só forçou nova intervenção do guarda-redes ucraniano do Benfica já nos descontos, num remate de Félix Correia, que manteve o 1-0 no tempo de descanso.
No reatamento, voltaram a ser os lisboetas a entrar melhor, materializando esse ascendente num segundo golo, logo aos 50 minutos, num cabeceamento de Belotti, na sequência de um livre apontado por Kokçu, que António Silva ainda emendou para o italiano desviar para o 2-0.
Forçados a reagir ao novo revés, os barcelenses tiveram de se expor e correr mais riscos, conseguindo aumentar os índices de presença na área benfiquista, mas não disfarçando dificuldades na definição final, disfarçados com remates de Santi García e Félix Correia.
Ainda assim, o Benfica, com o conforto da vantagem, foi controlado as tentativas do adversário, mas sem criar grandes oportunidades para ampliar o resultado, tendo o maior aplauso dos adeptos surgido para entrada de Di Maria, aos 74, que regressou à competição um mês e meio depois de se lesionar.
O argentino, aos 78 minutos, quis justificar a aposta, numa arrancada finalizada com um remate ao lado, e que inspirou o também recém entrado Pavlidis a ‘imitar’, mas com um remate muito por cima.
Já nos descontos, o Benfica fechou o resultado em 3-0, através de uma grande penalidade apontada por Di Maria, que conquistou o castigo máximo após ser derrubado por Josué Sá.
Ficha de jogo
Jogo no Estádio Cidade de Barcelos.
Gil Vicente – Benfica, 0-3.
Ao intervalo: 0-1.
Marcadores:
0-1, Aursnes, 22 minutos.
0-2, Belotti, 51.
0-3, Di María, 90+7 (grande penalidade).
Equipas:
– Gil Vicente: Andrew, Zé Carlos, Josué Sá, Buatu, Sandro Cruz (Kazu, 81), Bamba, João Teixeira (Fujimoto, 60), Santi García (Facundo Cáseres, 67), Tidjany Touré (Sergio Bermejo, 61), Félix Correia e Pablo (Carlos Eduardo, 67).
(Suplentes: Brian Araújo, Rúben Fernandes, Kazu, Facundo Cáseres, Fujimoto, João Marques, Mboula, Sergio Bermejo e Carlos Eduardo).
Treinador: César Peixoto.
– Benfica: Trubin, Tomás Araújo (Dahl, 57), António Silva, Otamendi, Carreras, Florentino, Aursnes, Kokçu (Renato Sanches, 86), Amdouni (Aktürkoglu, 57), Bruma (Di María, 74) e Belotti (Pavlidis, 73).
(Suplentes: Samuel Soares, Bajrami, Dahl, Leandro Barreira, Renato Sanches, Di María, Aktürkoglu, Pavlidis e Arthur Cabral).
Treinador: Bruno Lage.
Árbitro: Miguel Nogueira (Associação de Futebol de Lisboa).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Zé Carlos (18), Bamba (45+1), Santi García (46), Buatu (50), Aktürkoglu (83) e Florentino (90+2).
Assistência: 11.010 espetadores.