Benfica, campeão português de futebol, e FC Porto, vencedor da Taça de Portugal, proferem na quarta-feira as ‘declarações de abertura’ da época 2023/24, na Supertaça Cândido de Oliveira, em que ‘responderão’ por algumas fragilidades evidenciadas na pré-temporada.
Com reforços de peso – particularmente o Benfica -, outras tantas ausências relevantes e indecisão sobre a continuidade das suas ‘joias’ mais valiosas, as duas equipas começarão em Aveiro a marcar terreno para as provas mais importantes que se sucederão, com destaque para a I Liga.
Época nova, vida nova para a maioria das equipas. O Benfica, com maior pujança financeira, foi mais exuberante no ataque ao mercado de transferências, com as contratações do avançado argentino Ángel Di María – um regresso às ‘águias’ -, o médio turco Orkun Kokçu e o defesa checo David Jurásek.
O lateral esquerdo terá a difícil tarefa de fazer esquecer o espanhol Álex Grimaldo, que rumou ao Bayer Leverkusen, enquanto Di María e Kokçu oferecerão mais soluções no meio-campo e ataque ao treinador alemão Roger Schmidt, que já tinha poucas razões de queixa nessa matéria.
O FC Porto foi mais espartano e a contratação do médio espanhol Nico González só parcialmente compensará a saída do pendular centrocampista colombiano Matheus Uribe, ainda que o treinador Sérgio Conceição possa contar com mais uma opção ofensiva de relevo, o espanhol Fran Navarro, após duas épocas com brilhantismo no Gil Vicente.
Mais do que ansiar por reforços (à exceção, talvez, Sérgio Conceição, para o setor intermédio), os técnicos estarão mais interessados em manter os atuais jogadores do plantel, em especial o avançado Gonçalo Ramos, nos benfiquistas, e o guarda-redes Diogo Costa, ainda a recuperar de lesão, nos portuenses, que estarão na mira dos principais clubes europeus.
A pré-época até começou da melhor forma, mas os jogos recentes expuseram fragilidades que terão deixado apreensivos Roger Schmidt (derrotas com Burnley, por 2-0, e Feyenoord, por 2-1) e Sérgio Conceição (derrota com Wolverhampton, por 1-0, e empate 3-3 com Estrela da Amadora e 1-1 com Rayo Vallecano, antes do triunfo sobre o Sporting de Braga, por 1-0).
Além de constituir um manifesto de intenções inicial, a Supertaça equivale, naturalmente, a um título, que tem tido como destino habitual o Estádio do Dragão, pois o FC Porto já alcançou 23 troféus, mais do que todos os restantes vencedores em conjunto: Sporting (nove), Benfica (oito), Boavista (três) e Vitória de Guimarães (um).
Para os ‘encarnados’, aquela é uma situação invulgar no historial do futebol português, no qual lideram de forma destacada os títulos na I Liga, Taça de Portugal e Taça da Liga, mas na Supertaça parecem ser a ‘vítimas’ preferenciais dos portuenses.
Em 12 confrontos, o Benfica apenas impediu uma vez o êxito os atuais detentores do troféu, em 1984/85, o que representa quase metade dos títulos conquistados pelos ‘dragões’, que já deixaram algumas marcas profundas no rival, como a goleada por 5-0 em pleno Estádio da Luz, em 1996.
A 45.ª edição da Supertaça portuguesa de futebol disputa-se na quarta-feira, no Estádio Municipal de Aveiro, com início às 20:45.