Os Mundiais de velocidade de sub-23 e juniores são uma oportunidade para mostrar capacidade organizativa e revelar talentos, como a canoísta limiana Beatriz Fernandes, assumiu hoje o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC), antecipando as competições que vão decorrer entre quarta-feira e domingo.
“O objetivo é a divulgação de Portugal como um destino preferencial para a prática da nossa modalidade e, obviamente, também uma montra daquilo que são os nossos atletas, os nossos principais valores que vão ter a oportunidade de mostrar todo o seu potencial. O futuro da canoagem está aqui nestes próximos dias”, afirmou Ricardo Machado, em declarações à Lusa.
Antes dos Mundiais de sub-23 e juniores, os mais numerosos da modalidades, com cerca de 1.700 presentes, entre os quais mil canoístas, marcados para Montemor-o-Velho, Portugal organizou, em junho, os Europeus de maratonas, em Ponte de Lima.
Em termos desportivos, Ricardo Machado escusa-se a apontar metas concretas, recordando apenas que. “nos últimos 15,20 anos, dificilmente há uma competição em que Portugal não consiga alcançar medalhas”, pelo que se manifestou “certo” de que tal vai acontecer, com vários lusos a “lutar pelos pódios”.
Ainda assim, admite que os mais próximos de atingirem os pódios são a dupla Gustavo Gonçalves/Pedro Casinha, em K2 500 metros, Casinha, em K1 200, e Beatriz Fernandes, em C1 200, todos na categoria sub-23.
“O [Pedro] Casinha e o Gustavo [Gonçalves] já conseguiram medalhas neste mesmo Campeonato do Mundo (2022). É uma das embarcações que esperamos que possa demonstrar, mais uma vez, todo o seu potencial. Estamos muito confiantes [nestes atletas] relativamente ao futuro da canoagem portuguesa, sabendo que conseguiremos substituir a atual grande geração”, elogiou.
Quanto a Beatriz Fernandes, um dos valores mais consistentes da nova geração feminina, recordou o ouro nos Mundial em juniores em C1 200, precisamente em Montemor-o-Velho, esperando que esta se inspire no seu habitual local de treino para atingir o pódio no escalão superior.
Em relação aos juniores, as maiores esperanças residem em Hugo Carvalho, tanto em K1 200 metros, no qual foi recentemente medalha de bronze no Europeu, como em equipa com Gonçalo Costa, em K2 500, com o qual foi prata.
“Essas são as principais embarcações, mas teremos certamente outras na maior delegação lusa de canoagem de sempre” numa prova internacional, com 59 canoístas entre os cerca de mil oriundos de 66 países.
O dirigente recordou ainda que este evento é um dos que mais retorno financeiro confere ao centro do país, antevendo que, “só no investimento organizativo direto” fica cerca de um milhão de euros.
As comitivas das 66 seleções presentes vão ficar alojadas em Montemor-o-Velho, Coimbra, Figueira da Foz, Soure, Cantanhede e Mortágua.
Depois da competição para sub-23 e juniores, na semana seguinte, o mesmo Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho vai receber os Mundiais de masters.