O BE e a PCP consideram que a vitória da Coligação PSD/BTF/CDS é culpa do PS por não ter resolvido os “problemas estruturais” do concelho.
“Depois de 12 anos de governação PS, assistimos à vitória do PSD, que volta para a Câmara Municipal, desta vez coligado com os seus antigos adversários políticos, os ‘ex-socialistas’ do movimento independente Barcelos Terra de Futuro”, afirma o BE, considerando, no entanto, que “esta vitória deve-se, acima de tudo, ao demérito da governação do PS, que em nada resolveu os problemas estruturais do concelho, e permanentemente foi objeto de casos judiciais, que em muito prejudicaram a imagem do Município”.
E acrescenta: “Quanto à governação que se avizinha, não esperamos quaisquer benefícios para a população – pelo contrário, os principais protagonistas são os mesmos de governações que não deixaram saudades”.
O Chega elegeu três deputados para a Assembleia Municipal. “Lamentavelmente, o nosso concelho não foi exceção, tendo sido afetado pela política populista, demagógica e antidemocrática de um partido que assenta na cultura do ódio e da discriminação os seus princípios”, considera o BE.
Mantendo dois eleitos para a Assembleia Municipal, o partido faz um balanço positivo “num quadro político complexo e de viragem à direita”. “A grande novidade, da qual muito nos regozijamos, é a eleição de um membro para a Assembleia de Freguesia de Arcozelo”, salienta o BE, enaltecendo a campanha desempenhada por Manuel Carlos Silva, candidato à Câmara.
“PS contribui para agravar problemas”
O PCP analisa que os barcelenses “penalizaram a gestão municipal do PS, que não enfrentou nenhum problema estrutural de Barcelos, contribuindo até para os agravar, aprofundando, ainda mais , o atraso do desenvolvimento económico, social e cultural do concelho”.
“Os barcelenses penalizaram uma prática política arrogante, afastada da população e de desrespeitos pelos direitos laborais dos trabalhadores do Município”, acrescentam os comunistas, realçando “a participação cívica e democrática dos eleitores” do concelho, onde a abstenção rondou os 30%, abaixo dos 50% nacionais.
A CDU valoriza o facto de ter mantido o deputado na Assembleia Municipal, apesar de ter tido menos votos para este órgão. Sublinha ainda que conseguiu mais votos para a Câmara e para as Assembleias de Freguesia, tendo mesmo eleito uma candidata, Eduarda Castro, na Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Carreira e Fonte Coberta.