José Maria Cardoso, cabeça de lista do Bloco de Esquerda por Braga, alertou para os riscos que a artificialização da margem da albufeira da Queimadela, em Fafe, acarretam para a preservação da natureza e da biodiversidade.
“Não podemos artificializar espaços naturais únicos, com elevado valor ecológico e paisagístico, causando impactes negativos na biodiversidade, só para ir atrás da moda do momento. É grave o que se fez na cascata, que é um símbolo, uma imagem típica da albufeira da Queimadela, ao se instalar na sua frente uma ponte metálica”, critica José Maria Cardoso, em comunicado enviado a O MINHO.
“Concordamos que por vezes é necessário criar condições para as pessoas fruírem da natureza, mas isso não passa obrigatoriamente pela criação de passadiços. Há aqui muitos espaços que não precisam de intervenção para serem fruídos, até porque já existiam caminhos pedonais que os serviam”, acrescenta.
Pedro Nogueira, candidato bloquista de Fafe, reforçou os alertas para a preservação da área envolvente à albufeira da Queimadela e espera que o presidente da Câmara corrija a situação.
Bloco apoia remunicipalização dos serviços de água em Fafe
Na visita ao concelho, José Maria Cardoso salientou a importância da recente passagem dos serviços de abastecimento de água para a esfera pública.
“Valorizo e saúdo a remunicipalização das águas no Município de Fafe. Desde sempre defendemos que a água, como bem essencial que é, não pode ser considerada uma mercadoria. Deve ser gerida com uma perspetiva de defesa do interesse público, de uma forma racional, e isso só é compatível quando existe um serviço público que faz essa gestão”, defende.
Já Pedro Nogueira defende a redução da conta da água: “É preciso baixar tarifas e não aumentar lucros. Um aumento da tarifa da água vai contra tudo o que estamos à espera com a remunicipalização do serviço, que tem de ser feita para melhorar a gestão, baixar tarifas e aplicar a tarifa social da água”.