O mais recente boletim semanal do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), relativo a 04 de agosto, revela uma ligeira descida nos níveis de armazenamento de água nas principais bacias hidrográficas da região do Minho — Cávado, Lima e Ave — em comparação com o boletim anterior, de 31 de julho, mas todas se encontram acima da média para esta altura do ano.
Segundo os dados da Agência Portuguesa do Ambiente, consultados este sábado por O MINHO, na bacia do Lima, o armazenamento desceu de 84% para 82,1% da capacidade total, uma redução de 1,9% numa semana. As albufeiras de Alto Lindoso e Touvedo, ambas com 82% de enchimento, registaram descidas de 2% e 4%, respetivamente, face à semana anterior. Comparativamente à média de agosto entre 1990/91 e 2023/24, o armazenamento atual (82,1%) encontra-se significativamente acima dos 60,1% habituais para este mês.

Na bacia do Cávado/Ribeiras Costeiras, o volume armazenado caiu ligeiramente de 83% para 82,6%, uma redução de 0,4%. Entre as albufeiras monitorizadas, destaca-se a de Paradela, com um enchimento de 99%, a mais elevada da região, mantendo-se estável.
No entanto, outras albufeiras, como Alto Rabagão (79%, menos 1%), Caniçada (80%, menos 3%) e Vilarinho das Furnas (82%, menos 1%), registaram quebras. A albufeira de Salamonde foi uma exceção, com um aumento de 8%, atingindo 79%. O armazenamento atual no Cávado (82,6%) está acima da média de agosto (62,6%).
A bacia do Ave apresenta uma situação ligeiramente diferente, com uma descida de 1,1%, passando de 67% para 65,9% de enchimento. A albufeira de Guilhofrei, a única referenciada nesta bacia, encontra-se com 65,9% da sua capacidade, acima da média de agosto (54%), mas com uma redução de 1% face à semana anterior.

No Minho, a redução de 73 hm³ no volume total armazenado a nível nacional (de 11 205 hm³ a 31 de julho para 11 131 hm³ a 04 de agosto) reflete-se nas perdas verificadas localmente. As albufeiras da região, no entanto, continuam a beneficiar de níveis superiores a 80% na maioria dos casos, com 56% das albufeiras nacionais a apresentarem disponibilidades hídricas acima deste limiar.