Foi em 2009 que o barco “Lírios do Neiva”, com cerca de dez metros de comprimento, naufragou no porto de Viana do Castelo devido à deterioração que apresentava, mesmo ao lado de onde agora se encontra o navio museu Gil Eannes.
Esta quarta-feira, a embarcação foi retirada da água numa operação complexa levada a cabo após sondagens submarinas que permitiram ver o estado do barco e perceber qual a melhor forma para a remoção, hoje efetivada.
A remoção, com recurso a um guindaste, esteve a cargo da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), por se tratar da entidade do Estado que ficou responsável pelo barco, depois de este ter sido envolvido num processo de insolvência.
A O MINHO, o comandante local da Polícia Marítima e capitão do porto de Viana do Castelo, Rui Silva Lampreia, adiantou que o barco “está todo podre” e, por isso, está a ser retirado “aos pedaços”.
“Vai para o ferro-velho. É lixo”, apontou Silva Lampreia.
O capitão de porto explica que o barco afundou-se em 2009: “Depois teve um processo de insolvência e só em 2015 é que esse processo ficou esclarecido, mas depois ainda houve uns anos para verificar e identificar qual a entidade do estado que ficaria responsável pelo barco e , como era na zona da APDL, ficou a APDL”.
“Felizmente, aconteceu hoje a remoção, pois o barco era uma preocupação que eu tinha na segurança da antiga doca comercial, porque a estrutura metálica do barco emergia, em função da maré, e portanto constituía um perigo para a navegação nas proximidades”, considerou Silva Lampreia.
“É um bom sinal ter sido removido”, concluiu.
Em maio de 2021, e conforme noticiou O MINHO, uma equipa de mergulhadores realizou sondagens para perceber a melhor forma de remover a embarcação que se encontrava parcialmente ‘enterrada’ no lodo do cais.
A embarcação estava completamente afundada, com apenas um metro de altura fora do lodo, e nos restantes nove metros enterrada.