A Câmara de Barcelos enviou, esta sexta-feira, para a Ucrânia mais um camião carregado de medicamentos, fraldas e leite em pó para bebé, produtos alimentares, principalmente enlatados e barras energéticas para combatentes. Ao todo, desde o início desta campanha, Barcelos já remeteu cerca de 15 toneladas de bens.
“Barcelos mobilizou-se em força para ocorrer à onda de refugiados provenientes da Ucrânia, na sequência da guerra que assola aquele país. O Município empenhou-se, desde a primeira hora, nesta causa humanitária e criou um Plano de Apoio assente em três eixos fundamentais: receção de emergência; acolhimento; ajuda à integração das pessoas que tinham (e possam vir a ter) o nosso concelho como primeiro destino”, refere a autarquia em comunicado.
Ao todo, o Município de Barcelos já acolheu cerca de duas centenas pessoas, nas instalações do Seminário da Silva, expressamente arrendado para esse efeito. A maioria dos refugiados só ali permanece até ter a sua situação burocrática e legal resolvida, indo depois para casas de familiares e amigos, tanto do concelho como do resto do país.
Ao serem recebidas nas instalações do Seminário, as pessoas foram distribuídas pelos respetivos quartos, testadas contra a covid-19, e receberam cuidados médicos e alimentação. Depois da primeira pernoita, providenciaram-se as diligências necessárias junto do SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Segurança Social e Serviços de Saúde para que ficassem legais no nosso país.
“A sociedade barcelense tem-se desdobrado em ajudas. O Município agradece o empenho de todos: instituições, associações, empresas e particulares, mas alerta para o facto de que as pessoas que chegam têm de ser acolhidas com um mínimo de condições. Com efeito, as pessoas que chegam provêm de um cenário de guerra, estão em situação de grande fragilidade psicológica, e devem ser acolhidas com garantia de sustentabilidade de alojamento. O objetivo é que após os procedimentos burocráticos e eventuais cuidados de saúde, sejam integradas na vida social da melhor forma possível”, conclui o município.