Barcelos: Homem que bate e insulta a mulher proibido de se aproximar dela

Murros, estaladas, ameaças e insultos
Foto: Joaquim Gomes / O MINHO (Arquivo)

Agride a mulher, com quem vive em Barcelos e de quem tem duas filhas, com estaladas e murros, e ainda a insulta e ameaça de morte. O Tribunal de Instrução de Braga indiciou-o do crime de violência doméstica e proibiu-o, hoje, de a contactar e de se aproximar dela a menos de 500 metros, medidas de coação controladas por pulseira eletrónica.

Contactado pelo O MINHO, o advogado João Ferreira Araújo, de Braga, que defende o alegado agressor, disse que não irá recorrer das medidas de coação, mas “acredita que as poderá inverter dentro de pouco tempo”.

Fonte ligada ao processo disse a o MINHO que o homem, de nome Joaquim, começou, a partir de 1991, a agredir a companheira, com quem casara em 1986, e chamar-lhe “vaca e puta” – entre outros insultos.

Consome álcool em excesso

Entre esse ano e o de 2.000 tê-la-á agredido pelo menos três vezes dando-lhe estalos e murros por todo o corpo. Na quarta vez, quando se preparava para lhe bater, ela deu-lhe um murro num olho, provocando-lhe um hematoma, o que fez com que ele, até setembro deste ano, não voltasse a agredi-la.

O Joaquim consome álcool em excesso e, por isso, esteve 15 dias em tratamento no Hospital de Braga.

O Tribunal diz, ainda, que batia, de madrugada, quando chegava da rua, com as portas da casa, para a acordar (dizendo “não dormes” e, por vezes, demorando duas horas nessa postura), desligava-lhe a ficha da televisão, fechava à chave a porta do quarto do casal para ela não entrar, escondia as chaves dos veículos – entre elas a da «lambreta» que usava para ir trabalhar – obrigando-o a andar 20 minutos a pé – e escondia-lhe a roupa.

Noutras ocasiões trancava a porta da rua, deixando-a de fora e estando ele dentro da casa, situação que só se alterava quando as filhas regressavam da escola.

Agressões em setembro

A agressividade do homem intensificou-se em setembro último. Certo dia, à noite, quando estavam na cozinha, ela deixou cair um prato com comida e ele agarrou numa frigideira, pesando meio quilo, e deu-lhe uma pancada na cabeça. Com dores ela gritou e uma das filhas teve que acudir.

Depois, ele bateu-lhe, várias vezes, nos braços, com um fio de telemóvel, magoando-a.

Os episódios sucediam-se, com ele a persegui-la na rua com uma faca na mão e a insultá-la por ela ter deixado, em abril, de manter relações com ele.

A GNR acabou por o deter, ontem, levando-o ao juiz de turno no Tribunal de Braga.

 
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