A Câmara de Barcelos decidiu esta sexta-feira, por unanimidade, constituir um grupo de trabalho para lutar pela construção de um novo hospital na cidade, considerando que se trata de uma “necessidade evidente” e de uma “antiga e justa aspiração”.
Segundo a proposta, apresentada pelo presidente da câmara, Miguel Costa Gomes (PS), “a perda de valências e de meios humanos, a que se junta a desadequação das atuais estruturas hospitalares às necessidades de uma vasta população, justificam a construção de uma nova unidade hospitalar”.
A proposta sublinha que, perante a desvalorização e desclassificação do atual hospital, com a “sucessiva perda” de valências, a Câmara de Barcelos e o Ministério da Saúde assinaram, em julho de 2007, um protocolo para a construção de um novo hospital, embora sem o estabelecimento do respetivo compomisso financeiro.
“No entanto, o Ministério da Saúde acabaria por não avançar com a obra, alegando dificuldades económicas, acentuadas com a crise, que motivou o programa de assistência financeira a Portugal”, acrescenta.
Diz ainda que a dâmara se mostrou “sempre pronta a cumprir a sua parte do acordo”, relacionada com a disponibilização dos terrenos necessários para a implantação do novo hospital.
Por isso, e porque até ao momento a administração central ainda não decidiu avançar com a obra, vai ser constituído um grupo de trabalho para lutar pelo novo hospital.
O grupo integrará os presidentes da câmara e da assembleia municipal (AM), a vereadora com o pelouro da saúde pública, representantes de todas as forças políticas com assento na AM e quatro presidentes de junta.
Esta comissão deverá encetar “todas as diligências” para “convencer” a administração central a avançar com a obra do novo hospital.
A funcionar num edifício propriedade da Santa Casa da Misericórdia, o Hospital de Barcelos dá resposta a 154 mil habitantes daquele concelho e de Esposende.