Braga
Barcas assinalam a Páscoa na freguesia onde nasceu António Variações
Travessia do rio Homem, em Fiscal
É no próximo dia 10 de abril, segunda-feira depois do domingo de Páscoa, que os mordomos e respetivos compassos (acompanhados da comunicação social) vão atravessar o rio Homem, em Fiscal, concelho e Amares, nas barcas, para unir os lugares de São Pedro e São Bento.
A tradicional travessia das barcas de Fiscal foi novamente confirmada este sábado pela Junta de Freguesia, que anuncia os preparativos para o evento.
As barcas ficam guardados no fundo do rio durante quase todo o ano para impedir que a madeira, feita de pinheiro manso, seque, levando a que durem mais tempo. É, aliás, a única “forma segura” de impedir que se abram rasgos no casco, devido ao impacto que o sol tem na madeira.
Compasso em Fiscal 2019. Foto: Paulo Jorge Magalhães / O MINHO
Cerca de três semanas antes de atravessarem o rio, são retiradas da água, para serem depois ornamentadas para o evento que atrai milhares de pessoas às margens do Homem.
Os barcos foram, como manda a tradição, construídos por um carpinteiro da freguesia, que, através da madeira do pinheiro, alguns arames, pregos e outro material – para a colagem -, não negligencia a tradição da construção deste que era o único meio daquela população se encontrar ao longo de todo o ano, quando ainda não existiam pontes nas redondezas.
Compasso em Fiscal 2019. Foto: Paulo Jorge Magalhães / O MINHO
É que, apesar de ter sido construída uma ponte há vários anos, a freguesia continuou a usar este meio para atravessar as ‘cruzes’ pascais nesta altura.
Embora se trate de uma tradição religiosa, compete à Junta de Freguesia assegurar a manutenção dos barcos, que são sua propriedade, bem como fazer o investimento necessário para os recuperar.
E a tradição em Fiscal cumpre-se, não no domingo de Páscoa, mas na segunda-feira seguinte. A isso deve-se o facto de o anterior pároco, entretanto falecido, ter mais do que uma paróquia a seu encargo. Como o compasso de Fiscal tinha esta particularidade que diferia das outras paróquias, o padre resolveu mudar as celebrações naquela freguesia para a segunda-feira, algo que se vincou também como uma tradição.
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