A Quinta de S. José, situada em Palmeira, nos arredores de Braga, que funcionou nos últimos 25 anos como casa de alterne, fechou, mas vai reabrir como casa de turismo de habitação, com nove quartos.
A quinta, que fica ao lado do chamado Castelo da Dona Chica, era conhecida em toda a região norte como ‘casa de meninas’ de qualidade – com entrada reservada dado que funcionava com portão fechado – passou por várias fases, tendo chegado a acolher – há mais de dez anos – fins de semana reservados ao chamado ‘swing’, o nome inglês dado à troca de casais.
Tinha um bar no rés-do-chão e zonas ‘reservadas’, quer no mesmo piso, quer no andar superior. E, amiúde, havia espetáculos de strip-tease.
Ao que O MINHO soube, o anterior proprietário fartou-se da atividade, desde logo, dado o seu caráter ilegal – embora com menos pressão policial nos últimos anos -, mas também pelo facto de a frequência ter diminuído, já que a curiosidade minhota em torno do fenómeno também foi decrescendo ao longo dos anos. A isto acresce a dificuldade de gerir mulheres oriundas do estrangeiro, algumas delas em situação ilegal.
Por isso, foi alvo frequente de rusgas da GNR de Braga e do extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e esteve, quase dois anos, encerrado, a partir de 2014, por ordem judicial e no quadro de um julgamento realizado no Tribunal de Braga por lenocínio.
Em Braga, subsistem, agora, pelo menos, três bares semelhantes, todos na zona de Maximinos.
Bar com piscina aberto ao público
Fonte da nova gerência disse a O MINHO que a Quinta vai, agora, ser uma casa de turismo, do tipo Alojamento Local, contando com um bar e acesso público à piscina exterior e ao jardim.
Além dos nove quartos que já possui, terá, dentro de pouco tempo, quatro pequenos ‘bungalows’ para alugar. E haverá festas em horários que não incomodem a vizinhança.
“É uma nova fase da vida da Quinta que esperamos tenha sucesso, porque a Quinta é um espaço que vale a pena visitar”, disse aquela fonte ao nosso jornal.
