Banda de Braga toca em festival nos Países Baixos que é uma ‘montra’ para todo o mundo

Travo
Foto: Francisco Gaspar

Quatro projetos portugueses, entre os quais os Travo, de Braga, atuam esta semana no festival Eurosonic, que começa na quarta-feira em Groningen, nos Países Baixos.

O Eurosonic Noorderslag é em simultâneo um festival de música e uma plataforma europeia de divulgação de música, com conferências e encontros entre agentes da indústria musical de todo o mundo. A edição deste ano acontece entre quarta-feira e sábado.

Na vertente de festival, este ano, o Eurosonic, que tem a Itália como país em foco, conta com 271 artistas e grupos de 36 países europeus, entre os quais quatro portugueses, de acordo com informação disponível no ‘site’ oficial da iniciativa.

Os Travo, que se apresentam como uma banda de ‘heavy psych rock’, são os primeiros a atuar, na quinta-feira, e os únicos portugueses com duas atuações. A segunda acontece na sexta-feira.

Com três álbuns editados – o mais recente, “Astromorph God” saiu em novembro de 2023 -, os Travo atuaram em dezembro no festival Trans Musicales, em França. Em 2024, a digressão da banda de Braga incluiu também concertos em Espanha, França, Bélgica, Países Baixos, Reino Unido e Suécia, além de Portugal.

Os MAQUINA., Marta Pereira da Costa e Raquel Martins atuam na sexta-feira.

De Lisboa, os MAQUINA. editaram o álbum de estreia, “Dirty Tracks for Clubbing”, em janeiro de 2023.

No ano passado chegou o segundo álbum, “Prata”, feito de “música de dança orgânica que é igualmente punk e psicadélica”. O disco saiu pela londrina Fuzz Club.

A banda de Halison Peres, Tomás Brito e João vai buscar influências “à repetição minimal do krautrock, ao techno industrial e à EBM” e explora assim “as fronteiras destes géneros com força” no seu segundo disco.

A guitarrista Marta Pereira da Costa, que aos 18 anos começou a estudar guitarra portuguesa com António Chainho, gravou em 2021 para “Fados de Amor”, de Rodrigo Costa Félix, o primeiro disco da história do fado no qual aquele instrumento é tocado exclusivamente por uma mulher.

Em 2016 editou o álbum de estreia e em maio do ano passado o segundo álbum, “Sem Palavras”, no qual faz uma parceria com o pianista cubano Ivan Melón Lewis.

O álbum mais recente da guitarrista inclui temas de Carlos Paredes, José Luís Tinoco, George Gershwin, entre outros compositores, e quatro de autoria da própria.

Como instrumentista, Marta Pereira da Costa fez parcerias, entre outros, com Tiago Bettencourt, Mayra Andrade, Tito Paris, Camané, Rui Veloso, Dulce Pontes, Toquinho, Hamilton de Holanda, ou Jaques Morelembaum.

Raquel Martins, cantautora e produtora, é “uma artista de espírito livre”. “Desde que se mudou para o Reino Unido, mais 17 anos, tem deixado a sua marca com a mistura de ‘alt-soul com infusão latina’”, lê-se no ‘site’ do Eurosonic.

A artista portuguesa tem dois EP editados, que “captaram a atenção de ‘formadores de gosto’ como [o DJ francês] Gilles Peterson, [a estação de rádio norte-americana] KCRW, [o cantor e pianista britânico] Jamie Cullum, [a estação britânica] BBC 1 e [a publicação ‘online’ britânica de música] The Line of Best Fit”.

Raquel Martins, que vai estar no Eurosonic a convite da rádio pública portuguesa Antena 3, uma das parceiras do festival, está a preparar o álbum de estreia.

 
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