“Baixinho” ia ao Porto buscar 60 euros de heroína e vendia por 600 em Barcelos

Foto: Pedro Luís Silva / O MINHO / Arquivo

Confessou, sexta-feira, em julgamento no Tribunal de Braga, “integralmente e sem reservas”, que se dedicou, entre 2021 e 2022, ao tráfico de heroína na cidade de Barcelos. O que levou o juiz a dispensar as 30 testemunhas de acusação arroladas no processo, sendo que cinco eram agentes da PSP da cidade e os restantes 25, eram consumidores que lhe compraram droga.

Joaquim S., de 61 anos, conhecido pelas alcunhas de “Baixinho”, “Calau” e “Portista”, natural do Porto, mas residente em Arcozelo, Barcelos, está preso em Braga, à ordem do processo, onde foi acusado do crime de tráfico de estupefacientes.

A acusação do Ministério público diz que vendia heroína a terceiros, que o esperavam no Largo Marechal Gomes da Costa ou na Avenida Alcaides de Faria, junto à casa onde morava.

Refere que, ia, dia sim dia não, ao bairro da Pasteleira no Porto onde adquiria seis gramas de heroína por 60 euros que revendia em 60 pacotes de 10 euros, obtendo um lucro de 540 euros.

Os consumidores contactavam-no diariamente por telemóvel, tendo a PSP feito, com autorização judicial, escutas telefónicas que compravam o tráfico.

A Polícia elenca 23 transações no espaço de um ano. Em julho de 2022, a PSP fez uma busca à casa tendo encontrado 201 euros, cinco pacotes de heroína com 0,6 gramas e vários artefactos utilizados na preparação dos pacotes.

Além dos depoimentos das testemunhas durante o inquérito-crime, o processo sustenta-se, ainda, nos autos de apreensão de droga e nas interceções telefónicas.

O coletivo de juízes vai, agora, produzir uma ‘sentença’.

 
Total
0
Partilhas
Artigos Relacionados
x