O clube de meteorologia de Ponte de Lima, MeteoFreixo, alertou hoje para o aumento do risco de incêndio no Minho nas próximas semanas.
Em comunicado, referem que devido ao bloqueio do anticiclone dos Açores no golfo da Biscaia e a impedir as ansiadas superfícies frontais, teremos os próximos dias com “temperatura acima de 30ºC, baixa humidade e vento de Leste”.
As previsões apontam que estas condições de tempo quente e seco possam estender-se até ao final de setembro.
“Não arrisque fazer as tradicionais queimadas rurais. As condições serão muito adversas! Previna-se!”, nota o professor Sérgio Bastos, que assina a nota enviada a O MINHO.
Temperaturas podem chegar aos 34 graus
Como o nosso jornal noticiou, a partir de sexta-feira, as temperaturas vão começar a subir e chegarão aos 34 graus Celsius em Braga no início da próxima semana, segundo as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Durante alguns dias, as temperaturas estarão acima da média para a época, mas não será suficiente para ser considerada uma onda de calor.
“Os dias que temos agora são de vento norte intenso, com bastante nortada e temperaturas amenas ou até relativamente frescas. A partir de sexta-feira, vamos passar a um regime mais do quadrante leste e com uma subida significativa das temperaturas, inclusive no litoral. Teremos temperaturas em muitas regiões acima dos 30 graus”, explica a O MINHO Pedro Sousa, meteorologista do IPMA.
Já a partir de domingo, Braga ultrapassará os 30ºC, chegando aos 34ºC na segunda-feira.
Em Viana do Castelo, habitualmente mais fresca por ser litoral, a máxima vai chegar aos 29ºC na segunda-feira.
No entanto, em zonas mais interiores do Alto Minho, como Ponte de Lima, os termómetros irão chegar aos 33ºC.
“A próxima semana será claramente mais quente, as temperaturas vão subir até domingo e segunda-feira e deverão manter-se ou descer muito ligeiramente a meio da semana, mas com valores elevados”, salienta Pedro Sousa.
O meteorologista salienta que se trata de “valores acima da média, mas não se pode dizer que são valores anormais para setembro, pois os episódios de tempo quente acontecem com alguma frequência neste mês”.
Estaremos, então, perante uma possível onda de calor? “Não será fácil”, responde Pedro Sousa, justificando: “Para isso teremos que ter uma sequência de pelo menos seis dias com temperatura máxima superior a pelo menos cinco graus acima da média. Como a previsão atual aponta para esses limiares começarem a ser excedidos a partir dos dias 15 ou 16 e haver uma pequena descida a meio da semana, é provável que não seja suficiente para declarar uma onda de calor”.
Mas uma coisa é certa: “Calor acima da média durante uns dias, isso vamos ter”.
*com Pedro Luís Silva