“Está um frio de rachar!”. Esta a expressão mais usada nos últimos dias pelos oficiais de justiça do Tribunal Judicial de Braga face à avaria no sistema de ar condicionado que se regista no segundo piso do edifício.
Um constrangimento que deixou os que laboram nos juízos Central Criminal e do Local Criminal, bem como os de vários gabinetes, a tiritar de frio, tendo de recorrer a mantas para as costas ou para as pernas para se aquecerem.
Fonte judicial disse a O MINHO que a avaria, que afeta apenas aquele piso, ocorre desde o final do verão, tendo já sido escolhida uma empresa – aquela que apresentou melhor preço – escolhida para fazer a reparação: “O processo foi concluído e enviado para a Direção Geral de Administração da Justiça (DGAJ) e aguarda-se que esta dê cabimento orçamental para que a reparação possa ser-lhe adjudicada”.
A mesma fonte acrescentou que foram já colocados aquecedores nos juízos e nos gabinetes, sublinhando que, como os espaços são amplos demora tempo até que a temperatura suba.
A este propósito, vários dos oficiais de justiça que ali trabalham dizem que os aquecedores não têm potência para aquecer o piso e criticam a morosidade da DGAJ, dizendo “não ser admissível que se demore tantos meses a resolver um problema fundamental para que se possa trabalhar com qualidade”.
“Não é aceitável que se diga que não há dinheiro. Para isto tem de haver”, acentuam, vincando que a avaria afeta também as salas de audiência do piso, onde se realizam os julgamentos, com juízes, magistrados, arguidos e público.