O Ministério Público (MP) acusa Rui Amorim, autor do massacre de Vila Fria, em Viana do Castelo, em 1995, de ter assassinado um colega que conheceu na prisão por uma dívida de 600 mil euros e matado outro ex-recluso que o ajudara a encobrir o primeiro crime, avança o Jornal de Notícias (JN) na edição desta terça-feira.
Como O MINHO noticiou, a Polícia Judiciária (PJ) concluiu que Rui Amorim aproveitou uma saída uma saída precária para matar dois homens “seus conhecidos do ambiente prisional” e ocultar os corpos.
O autor do massacre de Vila Fria terá assassinado Fernando Borges, conhecido pela alcunha de “Trico”, que liderou o “gangue de Valbom”, em julho de 2018, por causa de uma dívida de 600 mil euros. Depois, terá matado Eduardo Costa, ex-recluso da cadeia de Coimbra que o ajudara a encobrir o crime.
Apesar de os corpos nunca terem sido encontrados, nem se saber como Amorim matou as duas vítimas, o MP garante que “Trico” devia 600 mil euros, refere o JN.
Autor de massacre em Viana é suspeito de duplo homicídio cometido em saída precária
Rui Amorim que, em 1995, cometeu matou à facada um tio, uma tia e um sobrinho, tinha sido condenado a 20 anos de prisão, parte dela cumprida na cadeia de Coimbra, onde conheceu os dois homens que terá matado, numa das saídas precárias de que começou a beneficiar a partir de 2017.
Segundo a acusação, quando “Trico” saiu cadeia em 2017, passou a dedicar-se ao tráfico de droga e Amorim também começou a vender droga no interior da cadeia.
“Não obstante os negócios de aquisição de droga que celebrou com a vítima, o arguido Rui Amorim, por motivos não concretamente apurados, mas relacionados com uma dívida de cerca de 600 mil euros da vítima Fernando ao arguido, decorrente de um negócio de droga gorado, formulou o propósito de o matar”, refere a acusação, citada pelo JN.
O líder do “gangue de Valbom” desapareceu no dia 1 de julho de 2018 após ter ido encontrar-se com Rui Amorim a Viana do Castelo.
O triplo homicida terá pedido ajuda a Eduardo Costa. Convenceu-o a telefonar à mulher de “Trico” para dizer que o marido estava vivo e exigir 115 mil euros de resgate. E, depois, eliminou-o porque era a única testemunha a poder ligá-lo à primeira morte.
Ainda de acordo com o JN, Rui Amorim escreveu uma carta ao MP a culpar Eduardo Costa da morte de “Trico”.