O jovem Alexandre Triguinho, candidato da CDU (PCP/PEV) à presidência da câmara em Fafe tem justamente no apoio à juventude como uma de suas prioridades. Aos 29 anos tem diversos planeamentos de olho nos mais novos, como incentivo aos postos de trabalho produtivos e permanentes.
Como apresentaria o seu concelho a uma pessoa de fora?
Fafe é um concelho que ainda está a sofrer as consequências da desindustrialização que afetou todo o Vale do Ave. A taxa de desemprego continua acima da média nacional e há falta de estruturas para a fixação de jovens qualificados no concelho. A percentagem de pessoas sem acesso a saneamento público continua acima dos 50% e a oferta de transportes públicos é escassa e ineficiente. Ainda assim, temos um potencial de crescimento grande, assente na nossa localização privilegiada, aliando a proximidade a grandes cidades e bons acessos rodoviários à oferta de um património natural rico e por explorar.
Como avalia o mandato do atual presidente da câmara?
Nós não queremos assumir uma posição de “crítica pela crítica”. Existiram pontos positivos como o facto do lado mediático da política ter sido bem gerido, através da promoção dos eventos que se desenrolaram em Fafe. No entanto, esta promoção da imagem teve mais o condão de promover a imagem do atual executivo do que trazer algo de verdadeiramente positivo ao dia-a-dia dos fafenses. É também difícil de explicar a existência de condições financeiras para promover este “show-off”, ao mesmo tempo que não há condições para resolver o problema do saneamento público ou da reabilitação do bairro da Cumieira.
Quais são as suas prioridades para o futuro do seu concelho?
O apoio à juventude será um dos mais fortes focos de atenção da nossa candidatura. Temos um conjunto de propostas diversas nessa área, das quais destacaria a criação de condições para auxiliar o crescente número de jovens que querem desenvolver projetos de Jovem Agricultor, de modo a que estes possam fixar-se no concelho, impulsionando assim a economia local no sector primário e promovendo postos de trabalho produtivos e permanentes. Queremos ainda iniciar de imediato os trabalhos referentes a vários projetos há muito prometidos, mas que ainda estão por cumprir, como a construção do novo canil/gatil municipal e a reabilitação das piscinas municipais e do terminal rodoviário.
Como pretende fazer o diálogo com os concelhos vizinhos?
Apesar de durante as autárquicas se passar a ideia que cada autarquia vale por si mesma, a verdade é que nenhum concelho é uma ilha, nem deve ser. É absolutamente necessário a existência de uma cooperação de parte a parte entre Fafe e os seus concelhos vizinhos. Essa cooperação será sempre procurada, sem olhar a questões partidárias e colocando o interesse e bem-estar dos habitantes de cada concelho em primeiro lugar.
*O Minho buscou contato com todos os candidatos do concelho