Os municípios que integram a Águas do Alto Minho vão reunir-se amanhã com a administração da empresa por causa dos erros de faturação com que muitos consumidores têm sido confrontados, confirmou a O MINHO o presidente da Câmara de Ponte de Lima.
No entanto, Victor Mendes garante que “não é verdade” a informação, que anda a circular nas redes sociais, de que o município limiano iria abandonar a empresa.
Segundo o Jornal de Notícias, que cita fonte ligada à firma do grupo Águas de Portugal, foram emitidas “cerca de 10 mil faturas com erro em janeiro e estima-se que esse número tenha sido superior em fevereiro”.
A AdAM tem sido alvo de contestação de muitos consumidores que têm detetado erros nas suas faturas, como um habitante de Vila Praia de Âncora, em Caminha, a quem foi cobrada a quantia de 50 mil euros ou como a cobrança de saneamento em hortas urbanas do bairro social de Arcozelo, em Ponte de Lima.
No sábado, a loja da empresa em Caminha foi vandalizada.
Entretanto, os protestos de cidadãos têm-se intensificado, sendo que está a decorrer uma petição com quase 8 mil subscritores para o fim da AdAM e agendado um protesto para hoje, às 20:00, que consiste em colocar panos brancos nas janelas.
A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% por sete municípios do distrito de Viana do Castelo (Arcos de Valdevez, Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.
Três concelhos do distrito – Ponte da Barca, Monção e Melgaço – reprovaram a constituição daquela parceria.
A nova empresa começou a operar em janeiro, “dimensionada para fornecer mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, a cerca de 100 mil clientes e para recolher e tratar mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes”.