O presidente da Câmara de Vizela, Victor Hugo Salgado, está a ser novamente investigado por violência doméstica, desta vez sobre o filho, de 10 anos.
Segundo o jornal Observador, que avança a informação, antes do arquivamento das suspeitas de agressão à mulher, o ex-líder da Distrital de Braga do PS foi alvo de uma denúncia anónima contra o filho mais velho, de 10 anos.
A procuradora Maria Dulce de Montenegro deu credibilidade à denúncia e extraiu uma certidão para um novo inquérito contra o autarca.
Fonte oficial da Procuradoria-Geral da República confirmou que “a certidão extraída deu origem a inquérito” e que “o mesmo corre termos no DIAP – Departamento de Investigação e Ação Penal de Guimarães”.
O MINHO tentou obter uma reação de Victor Hugo Salgado, sem sucesso até ao momento.
Recorde-se que o Ministério Público (MP) arquivou o inquérito aberto por alegada violência doméstica do autarca de Vizela, Victor Hugo Salgado, sobre a esposa, considerando não haver “indícios suscetíveis de sustentar” uma acusação.
A mulher de Victor Hugo Salgado desistiu da queixa e recusou-se a prestar declarações à justiça e o autarca não chegou a ser ouvido.
Entretanto, o procurador-geral da República disse que o inquérito arquivado ainda podia ser reaberto.
Apesar do arquivamento, o PS manteve a retirada de apoio à candidatura de Victor Hugo Salgado.
Fonte oficial do PS disse à Lusa que Carlos César “não encontrou razão ponderosa e definitiva para alterar a posição já assumida” e, por isso, determinou que fosse comunicada à concelhia de Vizela e à Federação de Braga que se mantém a decisão de não apoiar uma recandidatura do atual presidente da autarquia vizelense.
A mesma fonte explica que a questão será reavaliada depois de 12 de junho – data limite para apresentação de candidaturas à liderança do PS – em conjunto com os candidatos à sucessão de Pedro Nuno Santos como secretário-geral.
A 21 de abril, o então líder do PS, Pedro Nuno Santos, pediu a Victor Hugo Salgado – à época presidente da federação do PS/Braga – para renunciar ao cargo e informou-o de que não apoiaria a sua recandidatura à Câmara de Vizela, após notícias de alegadas agressões à mulher.
Com Lusa