O presidente da Câmara de Ponte da Barca pediu hoje ao Governo que mobilize meios aéreos pesados para combater o incêndio que deflagrou no sábado no Parque Nacional da Peneda-Gerês e que se encontra numa fase “muito critica”.
Segundo Augusto Marinho, às 15:32 apenas estavam dois meios aéreos mobilizados para o incêndio.
“Mais do que os meios terrestres, os meios aéreos são fundamentais. É esse o pedido que eu faço. Temos a operar dois helicópteros Kamov. Tenho conhecimento vão enviar mais dois ligeiros. Nós precisamos de mais meios aéreos pesados. A situação é muito crítica”, afirmou à Lusa Augusto Marinho.
Em declarações à agência Lusa, o social-democrata afirmou que o “teatro de operações está muito complicado” com um incêndio de “gestão complicada”.
“Tanto está adormecido como reacende com violência. Não lhe podemos dar tréguas”, frisou.
Augusto Marinho acrescentou que “se não for feito um reforço de meios aéreos pesados a área ardida na Serra Amarela será grande”, manifestando-se preocupado quanto “à proteção da Mata do Cabril, [que] é uma das poucas áreas de reserva integral do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).
“Na Ermida a situação está complicada, com projeções e reacendimentos muito violentos.[Às 15:53, o fogo] passou para a parte de cima da aldeia. Apesar de não haver casas em risco, a situação é muito complicada”, disse.
Já no Lindoso, “estamos a gerir uma frente em Lourido”, disse, acrescentando que também ali “a situação é também muito preocupante, com um fogo que lavra com muita intensidade”, especificou.
De acordo com o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 16:00, o fogo que deflagrou no sábado à noite no PNPG, em Ponte da Barca, mobilizava 414 operacionais, apoiados por quatro meios aéreos e 133 viaturas.