Autarca de Celorico de Basto suspeita de mão criminosa na “maior parte” dos incêndios no concelho

PJ está a investigar
Autarca de celorico de basto suspeita de mão criminosa na "maior parte" dos incêndios no concelho
Foto: CM Celorico de Basto

O presidente da Câmara de Celorico de Basto, José Peixoto Lima, afirmou hoje que suspeita de mão criminosa em “grande parte” dos incêndios que deflagraram nos últimos dias no concelho, pelo que a Polícia Judiciária está a investigar.

Em declarações à Lusa, José Peixoto Lima adiantou que, pelas 11:00, havia quatro incêndios no concelho, três dos quais já em conclusão, mas o fogo que deflagrou na segunda-feira à noite em Caçarilhe e Infesta ainda merece atenção.

Neste incêndio, de acordo com o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência da Proteção Civil (ANEPC), às 11:50, encontravam-se a combater as chamas 341 operacionais, apoiados por 104 viaturas e oito meios aéreos.

Segundo o autarca, que acionou na terça-feira o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, têm surgido pequenos focos em pontos geográficos diferentes que se supõe serem de origem criminosa, pelo que a Polícia Judiciária se encontra a investigar.

“Não é normal a profusão de ignições que acontecem muitas das vezes muito separadas geograficamente no nosso território”, considerou.

José Peixoto Lima afirmou que “um vasto conjunto de meios está a proceder à vigilância e ao controle do território e a própria Polícia Judiciária também está a fazer o seu trabalho”.

“Temos câmaras instaladas no território e também decorrem processos de investigação para tentarem verificar a origem dos incêndios. Já não é a primeira vez que somos confrontados com situações desta natureza, com incendiários. Tudo indica que haverá mão criminosa na maior parte deles, não tenho dúvidas”, sublinhou.

O presidente da autarquia afirmou que, neste momento “a situação está controlada (…) e não há nenhum incêndio preocupante ou que esteja fora do controle”.

“Temos todos os meios instalados no território para atacar qualquer reacendimento. A minha esperança é que, ainda de manhã, com os meios que temos no terreno, estes pequenos focos possam ficar resolvidos”, disse.

Em relação ao Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, que irá manter-se “pelo tempo necessário”, o autarca disse que foi acionado na terça-feira por “dificuldade de articulação de meios, mas também para dar um sinal de alerta à população”.

“A esta hora, a situação parece estar próxima da resolução, mas a meio da tarde, com temperaturas mais elevadas e, eventualmente, vento, tudo pode piorar. Foi isso que aconteceu na terça-feira, no incêndio de Arnoia, que destruiu cerca de 200 hectares de mato e floresta”, acrescentou.

A meio da manhã, disse ainda, não havia casas em risco, nem estradas cortadas, mantendo-se, contudo, a destruição de mato e floresta.

Portugal continental está desde domingo e até quinta-feira em situação de alerta, devido ao elevado risco de incêndio.

 
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